As Autoridades distritais de Florestas e Fauna Bravia em Malema, província de Nampula, resistem aos pedidos da população local, para o abate de elefantes que destroem constantemente as culturas alimentares e em alguns casos atacam o homem.
Segundo o Director dos Serviços locais de Actividades Económicas, Henrique João, o abate deve ser condicionado, uma vez que segundo este “enquanto não se justificar, nenhum elefante será abatido”.
Para este dirigente, o homem é que invade o habitat dos animais para abertura de campos agrícolas, daí, o conflito entre as partes.
Entretanto, a fonte, salientou que os elefantes em causa são provenientes da reserva do distrito de Nipepe, na província vizinha do Niassa.
Em muitos casos os animais em causa atravessam as proximidades do rio Malema, na procura de alimentos e água para o consumo.
De acordo com a instituição de tutela cerca de 12 mil habitantes invadem sistematicamente as áreas de pastagem dos paquidermes, a fim de levarem a cabo as suas actividades agrícolas, bem como implantar as suas construções, o que em muitos caso tem culminado em conflito homem/animal bravio, onde quem sai sempre prejudicado é o homem.
Na época agrícola finda, cerca de
Crocodilos também devastam culturas
Uma das preocupações para as autoridades locais, é adoptar um mecanismo com vista ao abandono de algumas práticas que tornam o homem vulnerável aos ataques dos crocodilos, que segundo a fonte que temos estado a citar, mataram seis pessoas no rio Malema, nos últimos três anos.
Este cenário se deve ao facto de os populares do rio Malema recorrer a este local para o banho e lavar roupa.
O rio Malema atravessa uma grande extensão do território do distrito com o mesmo nome, com um caudal permanente, o que cria condições para o seu povoamento por animais bravios, em particular, os crocodilos e elefantes.
Por: David Machava
DIÁRIO DO PAÍS – 25.11.2009