Por agentes da polícia moçambicana
-PRM desmente, mas confirma reforço às actividades operativas
Simão Bute, general do ex-movimento guerrilheiro da RENAMO, convocou, ontem, a imprensa para denunciar aquilo que classificou de “tentativa de assassinato” ao seu lider Afonso Dhlakama por parte da Força de Intervenção Rápida, supostamente por ordens dos dirigentes da Frelimo.
Bute sustenta estas alegações pelo facto de estarem a afluir a Nampula, nos últimos dias, individualidades de alta patente das Forças de Defesa e Segurança, numa altura em que o seu partido se prepara para promover uma manifestação popular com “epicentro” nesta província.
A sua inquietação tem, também, a ver com a chegada, na noite do último domingo, de cinco novas viaturas da polícia, fortemente equipadas, para, supostamente, reforçarem a acção da polícia que, segundo aventam, pretende sequestrar Afonso Dhlakama.
Quero, em nome do partido, denunciar publicamente o plano da Frelimo contra o nosso líder Afonso Dhlakama. Cujas suspeitas têm vindo a confirmar-se face à movimentação desusada, de Maputo para Nampula, de agentes da Polícia, do Serviço do Informação e Segurança do Estado e outros quadros das Forças de Defesa e Segurança. Ainda no passado dia 20 deste mês chegaram à Nampula três oficiais que se encontram escondidos algures nesta cidade. Disse a fonte.
Entretanto, António de Oliveira Maneque, porta-voz da Polícia nega haver qualquer plano de assassinar Dhlakama, tendo, entretanto, afirmado que este está a ser alvo de redobrada protecção não só por se tratar de um líder de um partido político, mas, acima de tudo, por ser membro do Conselho do Estado moçambicano.
Maneque explicou que a afectação temporária à zona norte do país (Nampula, Cabo-Delgado e Niassa) de um general e um adjunto-comissário da polícia, e a implantação de uma unidade da FIR, bem como a alocação de uma frota de cinco viaturas de marca Land Cruiser, estão relacionadas com um plano de reforço da capacidade operativa policial nesta região.
WAMPHULA FAX – 25.11.2009