O abate dos dois leões, de um grupo de três, efectivou-se como último recurso para devolver a calma e a segurança à população daquele ponto do distrito de Magude, na medida em que se concluiu tratar, de facto, de animais problemáticos.
Gabriel Chambo, director de Actividades Económicas de Magude, garantiu ontem ao nosso Jornal que os leões não provocaram vítimas humanas, acrescentando que até ao momento havia equipas no terreno a caça do terceiro animal com vista a certificar-se de que se encontrava longe das comunidades.
Dado o perigo que representavam aqueles carnívoros, as autoridades de Magude tiveram que solicitar apoio dos operadores turísticos da zona de Mapulanguene para o seu abate, segundo Gabriel Chambo.
Paralelamente ao abate dos dois leões, o nosso interlocutor disse que há ainda relatos da movimentação estranha de elefantes no posto administrativo de Mapulanguene e no de Motasse.
Relativamente a este caso, o director de Actividades Económicas de Magude não especificou o número dos paquidermes. Entretanto, a fonte disse esperar que os elefantes se afastem das comunidades, entrando nas matas, devido à chuva que cai em vários pontos da região sul do país.
“Acreditamos que com a chuva que vem caindo na zona com alguma intensidade os elefantes se afastem da zona junto das comunidades, refugiando-se nas matas”, disse.
Não é a primeira vez que animais bravios, com destaque para leões, aproximam-se das áreas populacionais do distrito de Magude. O fenómeno já foi frequente no passado, mas, segundo o director que temos vindo a citar, a aparição registava uma redução até à semana finda, período em que a população voltou a ser abalada por leões e elefantes.
O nosso interlocutor mostrou-se seguro de que aqueles animais bravios tenham entrado em Magude através de alguma abertura na vedação do Kruger National Park, uma unidade sul-africana de conservação da fauna que limita aquela área de Maputo da África do Sul.