Esta informação foi dada numa conferência de imprensa realizada sábado último na capital do País, por membros seniores daquela formação política que faziam balanço dos resultados que a mesma conseguiu alcançar na cidade de Maputo. Refira-se que, de acordo com os resultados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o MDM no círculo eleitoral de Maputo-Cidade elegeu três deputados.
De acordo com o delegado daquela formação política, a nível da cidade de Maputo, Agostinho Macuácua, a avaliação é bastante positiva olhando para aquilo que foi o trabalho do MDM a nível da cidade de Maputo e comparando igualmente com os meios que este partido dispunha para a realização da sua campanha eleitoral.
Macuácua disse ainda que o “MDM - Movimento Democrático de Moçambique mostrou não só trabalho mas também a preocupação em tirar o País do marasmo em que se encontra”.
“Mostrámos e continuaremos a trabalhar com vista a inverter o actual quadro sócio político e económico do País. A nossa missão continuará a mesma: procurar construir um Moçambique para todos onde não haja espaço para actuais políticas discriminatórias que transformam um partido em Estado”, acrescentou Macuácua.
Segundo o delegado do novo partido parlamentar, “após a divulgação dos resultados das eleições de 28 de Outubro passado, nada mais resta ao MDM, senão desenvolver muito trabalho junto dos potenciais eleitores, mostrando a estes, políticas concretas de governação com vista às eleições autárquicas de 2013 próximo. O nosso principal alvo continua a ser a juventude. Queremos melhorar a sua condição com a implementação de políticas de emprego e de habitação”.
O MDM fez história no panorama político moçambicano, por diferentemente de muitos outros partidos políticos que se acreditava poderiam ser também alternativas, passou e conseguiu eleger deputados. Em menos de seis meses conseguiu angariar simpatia principalmente ao nível dos centros urbanos, o que lhe valeu a conquista de alguns acentos na Assembleia da República. Terá na Assembleia da República oito deputados. Tomarão posse mas não poderão constituir bancada formal, por força do actual regimento interno do Parlamento, herdado da anterior legislatura, ainda em funções.
Segundo membros daquela formação política, se o MDM não tivesse sido
“injustamente” impedido pela CNE e pelo Conselho Constitucional (CC) de concorrer em alguns círculos eleitorais (foi excluído de participar em 9 círculos eleitorais), a avaliar pelos resultados alcançados “de certeza que conseguiria formar uma bancada parlamentar na AR” pois teria mais de 11 deputados, número mínimo que o actual regimento impõe para uma formação política constituir formalmente “bancada”.
(Matias Guente)