Documento aponta a educação, agricultura, infra-estrutura rural, criação de emprego, distribuição de água potável, como sendo as áreas que devem ser prioritários por parte dos estados membros da ACP.
Peritos dos países da África, Caraíbas e Pacífico (ACP), reunidos quarta-feira, em Luanda, no quadro dos preparativos da sua 18ª sessão parlamentar paritária, pediram aos estados da União Europeia (EU) e aos países ricos que cancelem a dívida externa das nações pobres.
Esta posição vem expressa numa declaração lida à imprensa pelo porta-voz do encontro, Robert Luke Iroga, frisando que cerca de 60 países precisam que sejam canceladas as suas dívidas para que tenham oportunidade de alcançar as metas do desenvolvimento do milénio.
Segundo Robert Luke Iroga o encontro agradeceu as medidas já tomadas por vários países da UE no que toca ao cancelamento das dívidas dos estados em desenvolvimento, “apesar ainda da preocupação com relação ao impulso artificial de números de ajuda ao organismo europeu com esta anulação”.
O documento faz menção à moção de resolução que insta os países doadores a terem em conta os efeitos da crise sobre os estado da ACP, em observância aos princípios estabelecidos na Declaração de París sobre a eficácia da ajuda, reiterada na agenda de acção de Accra, em conformidade com a conferência de Doha e das várias cimeiras do G20.
Apresentado pelo co-relator da ACP, o ugandês Joseph Mugambe, o relatório enfatiza igualmente o impacto económico e financeiro da mudança climática, encoraja os países membros e doadores a direccionarem despesas a curto e médio prazos para os estratos mais pobres.
O texto aponta a educação, agricultura, infra-estrutura rural, criação de emprego, distribuição de água potável, como sendo as áreas que devem ser prioritários por parte dos estados membros da ACP.
Este relatório será adoptado e discutido durante a 18ª sessão de assembleia paritária parlamentar da ACP-UE, cuja abertura solene acontece no dia 30 deste mês.
AFRICA21 – 26.11.2009