De acordo com informações que nos foram facultadas pela Directora-Geral da Administração Regional de Águas do Sul, Olinda de Sousa, esta solução é a mais urgente e tudo dependerá da resposta dos parceiros no financiamento da iniciativa, mas as autoridades gostariam que nos próximos dois ou três anos se iniciassem as obras.
As duas infra-estruturas hidráulicas, nomeadamente a barragem de Corumana e a Moamba Major (em perspectiva) são consideradas como fulcrais para garantir o abastecimento de água à cidade de Maputo e ainda para acomodar o desenvolvimento previsto nos próximos 20 a 50 anos.
De acordo com as informações disponíveis, são necessários pouco mais de 67 milhões de metros cúbicos por ano para abastecer a cidade de Maputo. Com a expansão ora em curso do sistema para bairros até aqui não servidos e a demanda da parte do parque industrial, as necessidades deverão atingir 91 milhões de metros cúbicos por ano a partir de 2011. A barragem dos Pequenos Libombos tem capacidade útil de armazenar 350 milhões de metros cúbicos de água, mas devido a anos sucessivos de estiagem a albufeira tem se situado abaixo daquele volume.
Em relação às obras em Corumana, nomeadamente a colocação das comportas e um dique fusível (que é uma pequena barragem de segurança que será preciso instalar num local pré-determinado) seriam necessários, segundo Olinda de Sousa, pouco mais de 25 milhões de dólares.
Para além desta componente, segundo a nossa fonte, seria necessária ainda a colocação de condutas para a canalização de água numa distância de cerca de cem quilómetros até Maputo. Ainda no mesmo âmbito, está prevista uma estação de tratamento em Moamba.
Segundo apuramos de outras fontes, só esta componente deverá absorver próximo de 80 milhões de dólares.
A construção de Moamba Major deverá custar pouco mais de quinhentos milhões de dólares que deverá ser suportada com base nas negociações em curso com agências privadas. No que se refere à conclusão da colocação das comportas no descarregador de superfície da barragem de Corumana e a canalização de água para Maputo deverá custar pouco mais de cem milhões de dólares. Para o efeito estão em curso negociações com o Banco Mundial.
“Não diria que em 2011 teremos as comportas instaladas em Corumana, isso não, mas tudo depende das negociações em curso. No que se refere à conduta são cerca de 100 quilómetros de tubos e uma estação de tratamento na Moamba em que está envolvido o FIPAG que trata do abastecimento de água a Maputo. O importante é que ao longo da conduta, de Moamba para cá, já com água tratada, se possa abastecer a população ao longo da rota”, disse a nossa fonte.
- OSVALDO GÊMO