Castanha de Caju
A concorrência que caracteriza a compra de castanha de caju, na província de Nampula, está muito apaixonante a ponto de, os intervenientes no processo de comercialização, estarem a oferecer ao produtor vinte meticais por quilograma daquele produto estratégico, um preço considerado recorde na ultima década.
A campanha de comercialização de castanha de caju, cuja cerimonia de lançamento oficial teve lugar em Nampula, arrancou em meados de Outubro ultimo sendo que o quilograma estava fixado em seis meticais o quilograma.
Américo Langa do INCAJU, destacou que a sua instituição previa uma subida do preço até os 12 meticais o quilograma, mas o comportamento actual do mercado ultrapassou a expectativas, pois, atingiu uma fasquia jamais vista nesta década.
Os intervenientes no processo de compra de castanha de caju são actualmente em numero significativo o que anima a concorrência, sendo que para alcançarem os seus intentos, ou seja conseguir a maior quantidade para aprovisionar enquanto aguardam pela exportação em bruto ou para processamento local, não olham para o preço.
O mercado internacional tem vindo a demonstrar sinais de superação da crise financeira global, pois, a tonelada de castanha de caju que há cerca de seis meses estava fixada em 700 dólares americanos registou, neste momento, um incremento de cem dólares americanos.
Devido a este quadro animador, os industriais do caju, não medem esforços no sentido de comprar quantidades suficientes de castanha, para alimentar as suas fabricas. Nampula tem neste momento 14 das 24 fabricas de descasque de castanha de caju que funcionamento no país.
Até a semana passada, a província de Nampula tinha comercializado 35 mil toneladas daquele produto de exportação o que significa que está a 12 mil toneladas de cumprir a sua meta, que é de 47 mil toneladas.
Américo Langa explicou que o segredo para a obtenção, na presente safra, de castanha de caju de qualidade, resultou do trabalho realizado nas campanhas anteriores por parte do INCAJU junto dos produtores e provedores, no tocante ao maneio daquela cultura, ou seja o tratamento integral respeitando o calendário para o combate as pragas e doenças que afectam o caju, sobretudo o oídio e antracnose.
WAMPHULA FAX – 30.12.2009