· “Buraco” estima-se que está entre
A dívida acumulada do Governo às gasolineiras, isto é o défice que o governo assumiu pagar às gasolineiras para manter os preços aos consumidores no período eleitoral, ameaça agora trazer graves problemas de diversa ordem ao País. Embora o governo continue a guardar segredo dos números, há duas fontes que avançam com dados contraditórios, mas em qualquer dos casos preocupantes. Uma delas refere que o “buraco” é agora de 60 milhões de dólares, mas a mais fiável aponta para 100 milhões de USD.
Logo após o escrutínio eleitoral, em Novembro, a primeira-ministra Luísa Diogo deslocou-se a Portugal e anunciou que os combustíveis vão aumentar de preços. Tal ainda não sucedeu, mas, entretanto, em Moçambique o ministro da Energia, Salvador Namburete, veio já dizer desmentir Diogo e anunciar que só a gasolina irá passar a ser vendida ao preço real, o que a confirmar-se fará com que os preços actuais do gasóleo, gás de cozinha, petróleo de iluminação e combustíveis para aeronaves se irão manter.
Uma lei não revogada estabelece que os preços dos combustíveis no País devem ser corrigidos sempre que haja uma variação, para mais ou menos, de três pontos percentuais do preço do petróleo na origem. Já houve várias variações que por força da referida norma deveriam ter suscitado que o Governo anunciasse novos preços, mas tal não sucedeu por razões que têm sido comentadas e tidas como de carácter meramente eleitoral e do interesse do partido Frelimo que receava perder popularidade em período eleitoral.
Receia-se que logo que o governo anuncie os aumentos possam voltar a ocorrer manifestações populares de repúdio, tal como sucedeu em Maputo e região Sul do País, a 05 de Fevereiro de 2008. (Redacção)
CANALMOZ – 15.12.2009