Em alguns círculos de opinião comenta-se que a Renamo e os extra-parlamentares querem tomar o poder à força
O líder do partido Renamo, Afonso Dhlakama, reuniu, com representantes de cinco partidos da oposição que não têm representação parlamentar, na tarde de ontem, quinta-feira, na cidade de Nampula. Na agenda constou a grande manifestação que o partido da perdiz está a preparar para o período que separa as festas do Natal e do fim de ano.
Dhlakama falou à imprensa momentos antes do arranque do referido encontro, na presença de todos os participantes, tendo afirmado que os “líderes vieram de Maputo para cá para conversarmos e falarmos da manifestação, e não para negociar”.
Aqueles políticos dos extra-parlamentares “querem se juntar à Renamo na manifestação, daí que este encontro não possa ser considerado como uma conspiração contra a Frelimo”. “Queremos manifestar em conjunto. Eles querem e estão dispostos em apoiar a ideia da Renamo” – sublinhou o nosso interlocutor.
Num outro desenvolvimento, o líder da Renamo avançou que do encontro havido ontem, foram desenhadas as estratégias do envolvimento dos outros partidos na manifestação, e lamentou a percepção social de que “quem apoia a Renamo é rebelde e mau”.
Na sala onde decorreu o encontro, a imprensa tentou a todo o custo procurar saber sobre os nomes dos representantes e respectivos partidos que participavam, tendo sido negada esta informação.
A reportagem do Canalmoz tentou sem sucesso colher a mesma informação, mas o presidente da UDM, José Viana, disse que “no fim vão saber o nome de cada um de nós”.
Golpe de Estado negado
Em alguns círculos de informação, pelo menos aqui na cidade de Nampula, a presença dos referidos líderes da oposição extra-parlamentar foi considerada como sendo o princípio da preparação de um golpe de Estado, pelo que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, tratou de imediato de informar que “não é preparação de um golpe de estado, nem assassinato a membros da Frelimo”. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 18.12.2009