Rajoelina, que tomou o poder em Março, com apoio dos militares, boicotou recentemente as conversações com vista a pôr termo à crise política malgaxe na capital moçambicana, Maputo.
No seu discurso, Rajoelina deixou clara a mensagem para o mundo: "Hoje pedimos à comunidade internacional que não se envolva nos problemas de Madagáscar. Os problemas do país serão resolvidos somente por estas eleições".
Entretanto, num comunicado divulgado esta quarta-feira, o ministério francês dos Negócios Estrangeiros disse que o adiamento, a pedido do líder malgaxe, do encontro do grupo internacional de contacto sobre o país, em Antananarivo, retarda a finalização de um plano de transição consensual.
Antes, a União Africana (UA) anunciou a suspensão das negociações, a pedido do homem forte de Madagáscar, até depois das festas do fim-do-ano.
Representantes dos três movimentos da oposição malgaxe foram advertidos a não regressar a Madagáscar devido à alegada falta de segurança invocada pelas autoridades de Madagáscar.
Em Janeiro, Rajoelina iniciou a mobilização dos seus apoiantes para derrubar Marc Ravalomanana, a quem acusou de desvio de fundos público e de violação da Constituição. Tanto a União Africana (UA) quanto a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral/SADC, condicionaram o levantamento das sanções impostas a Madagáscar à restauração da ordem constitucional.