Duas semanas após o fim da violência, "o balanço dessa aventura macabra foi de mais de 187 civis friamente mortos por um bando em Ondjani", segundo informou o ministro congolês da Comunicação e porta-voz do Governo de Kinshasa, Lambert Mende.
Os insurgentes da tribo Enyele "perderam pelo menos 82 dos seus membros durante o combate" contra um comando de 600 homens das Forças Armadas da RD Congo (FARDC), enviados para reforçar essa região, acrescentou o governante.
Esse comando conseguiu repor a calma e retirar o controlo de Dongo das mãos dos insurgentes a 13 de Dezembro.
Os combates fizeram fugir mais de 150 000 pessoas das suas aldeias, das quais metade se encontra refugiada no Congo-Brazzaville, beneficiando de assistência humanitária, contrariamente aos deslocados internos.
"Os parceiros humanitários da RD Congo são instantaneamente convidados a encorajar e a facilitar o regresso dos nossos concidadãos às suas aldeias e a se abster de os fixar longe deles para que possam beneficiar da ajuda humanitária", declarou o ministro.
VIOLÊNCIA NA NIGÉRIA
Entretanto, a calma regressou terça-feira a Bauchi, cidade a norte da Nigéria, onde as forças da ordem foram desdobradas no dia a seguir à violência levada a cabo segunda-feira por uma seita islamista radical que causou mais de 70 mortos, segundo a AFP.
No bairro de Zango, base da seita Kala-Kato e teatro dos confrontos, os residentes, que foram atacados pelos islamistas, fugiram da área antes de regressarem às ruas para constatar os prejuízos.
Polícias e soldados foram destacados em diferentes pontos da cidade e particularmente ao redor do sítio de onde partiu a confusão, com vista a destruir a direcção de Kala-Kato.
Kala-Kato, igualmente conhecido pelo nome de Maitatsine, é uma seita presente em vários Estados do norte da Nigéria há décadas.