Ao que soubemos dos técnicos sul-africanos encarregues da remoção do naufragado pontão, o grande problema neste momento prende-se com o seu avançado estado de degradação, resultante da falta de manutenção, facto que dificulta o seu manuseamento.
Os técnicos disseram ainda não saber quando é que vão finalmente remover o pontão, acrescentando que em condições normais já teriam retirado a unidade, substituindo-a com outra, pronta para o efeito.
Entretanto, o pessoal da empresa Cometal, também envolvida no trabalho, já conseguiu levantar a ponte móvel, peça que devia ser antes movimentada para dar lugar à retirada do submerso pontão.
De salientar que em resultado do afundamento do pontão, a travessia de e para a Catembe passou a ser feita a partir do Porto de Maputo, donde, porém, só se movimentam passageiros, não havendo possibilidade para o embarque de camiões de abastecimento daquele distrito municipal da capital em comidas e bebidas.
Apesar de o abastecimento estar a ser feito por vias alternativas, incluíndo por estrada com passagem por Boane, uma longa e desastrosa viagem, informações que nos chegam da Catembe indicam que as lojas e mercados possuem produtos e bebidas suficientes para as festas e até ontem eram comercializados a preços normais.
Luís Matsinhe, vereador da Catembe, disse ontem ao nosso Jornal que os agentes económicos foram queixar-se de cobranças de que estão a ser alvo para o manuseamento de mercadorias no Porto de Pesca.
Segundo o governante da Catembe, os agentes económicos são obrigados a pagar por cada saco e/ou “kit” de mercadorias que transportam para aquele ponto da cidade.
O pontão afundou numa hora de intenso movimento na travessia da baía de Maputo e gerou pânico entre os cidadãos que pretendiam atravessar, principalmente os que se encontravam do lado da baixa da capital, na medida em que, contrariamente aos posicionados na Catembe, viam que por aquela infra-estrutura não voltariam para casa, tal como ansiavam. A situação minimizou-se ao início da noite, com o desvio de pequenas embarcações e mobilização do “ferry-boat “ “Nyelete” para o Porto de Pesca.