Para Bernicatt, o acordo “é um documento histórico no relacionamento entre os EUA e a Guiné-Bissau”, ao abrigo do qual Washington irá nomear um procurador para apoiar Bissau no combate ao crime organizado.
“Um procurador irá basear-se na Guiné-Bissau durante um ano para trabalhar com os técnicos guineenses. Ele ou ela irá trabalhar com os técnicos da União Europeia, que são os nossos parceiros, membros do sistema judicial e ainda todas as instituições legais, a fim de dar apoios e assistência ao sistema judicial”, declarou Márcia Bernicatt.
Washington tem vindo a reiterar junto das autoridades guineenses ser um imperativo prosseguir a luta contra o crime organizado e contra a impunidade, destacando sempre a necessidade de ser descoberta a verdade sobre as circunstâncias que levaram à morte do Presidente João Bernardo ‘Nino’ Vieira e do Chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, destacando que estes são os casos que mais interessam à administração norte-americana.
Comentando para a imprensa o teor do convénio rubricado com a embaixadora norte-americana, o chefe da diplomacia guineense, Adelino Mano Queta, considerou que o crime organizado é um problema que preocupa as autoridades da Guiné-Bissau e da própria sub-região africana.
“O crime organizado, nomeadamente o narcotráfico, é um flagelo que invadiu o Continente africano, sobretudo a nossa sub-região”, defendeu Mano Queta, salientando que a ajuda americana chegou na altura certa.