Este vaticínio surge em resposta às afirmações feitas há dias pelo porta-voz da Renamo em Nampula, Arnaldo Chalaua, segundo as quais no país não existem partidos políticos da oposição senão a ”perdiz”.
Mário Muquissince classificou de provocatórias as afirmações do porta-voz da Renamo, típicas de um partido belicista, acrescentando que as mesmas visam esconder a crise no seu seio, como resultado das derrotas eleitorais sucessivas que se têm traduzido na redução substancial do número de assentos nos órgãos de soberania, sobretudo a Assembleia da Republica.
“Se a Renamo fosse um partido com timbre para liderar a oposição política não teria tentado assassinar o presidente do MDM, Daviz Simango. O atentado frustrado de Nacala-Porto visava, fundamentalmente, silenciar a voz de um líder político que tem se afirmado continuamente e a conquistar o eleitorado a maioria ida da Renamo porque deixou de ser uma alternativa ao próprio bloco da oposição”- referiu Mário Muquissince.
Outro exemplo de perda de popularidade por parte da Renamo no seio dos eleitores em particular e dos membros e simpatizantes da “perdiz” explica-se segundo o político do MDM, na decisão de Afonso Dhlakama de se transferir de Maputo para Nampula onde fixou residência há cerca de dois meses.
Em cerca de oito meses de existência oficial como partido político, o Movimento Democrático de Moçambique conquistou oito assentos na Assembleia da República, além de muitos outros nas assembleias provinciais e municipais, fruto de uma organização interna, segundo Mário Muquissince.
De salientar que Arnaldo Chalaua disse que a Renamo é, neste momento, a única força política capaz de dialogar com a Frelimo no sentido de discutir mudanças na forma de governação e fazer exigências ao Governo no sentido de acomodar algumas das suas preocupações.