O nosso interlocutor referiu que todo o exercício feito pela equipa que chefia no sentido de organizar o festival cultural do presente ano gravitou, essencialmente, na escolha de um mês que passará a ser fixo, para os próximos cinco anos.
“A zona costeira e a província de Nampula, em particular, são dominadas pelo Islão, e a realização de um evento de grande envergadura tinha que ter em conta o período do Ramadão sob o risco das reais intenções do festival caírem num fracasso em termos de participação. Foi assim que escolhemos Agosto, que também está fora de qualquer calendário eleitoral”, explicou o interlocutor.
Porque o festival vai acontecer após o término do campeonato mundial de futebol que terá como palco, a vizinha África do Sul, em Junho próximo, uma grande mobilização será feita no sentido de atrair os turistas que estarão presentes na copa, através de uma divulgação integral de todo o potencial artístico e turístico da Ilha de Moçambique.
“O futebol é uma modalidade desportiva que atrai muita assistência e parte dela é constituída por gente amante da cultura ida de diferentes quadrantes do mundo que eventualmente não quererá perder a oportunidade de conhecer a famosa Ilha de Moçambique e a sua cultura, daí que já estamos redobrar esforços olhando para este potencial”, explicou Cabá.
Neste momento trabalha-se no sentido de encontrar parcerias ao nível do governo e de organismos internacionais, visando garantir a publicitação do festival cultural Omuhipithi, na África do Sul, através de colocação de cartazes gigantes próximo dos estádios que vão acolher as partidas de futebol da copa mundial.
Além de trazer turistas para o festival, ou seja, para a cidade da Ilha de Moçambique, a organização coloca a possibilidade de exploração de outras regiões circundantes, nomeadamente Mossuril que tem as praias das Chocas, Nacala-Porto, entre outros locais.
Contudo, segundo a nossa fonte, há pormenores ainda discutir, nomeadamente a questão do transporte aéreo, rodoviário e marítimo, com vista a satisfazer os turistas.
Adicionalmente, coloca-se a questão da necessidade de capacitação do pessoal que integra e que vai integrar a equipa do gabinete de coordenação do festival, pois, na óptica do nosso entrevistado, existem aspectos importantes relacionados com alojamento, refeições, guias turísticos, incluindo a organização dos grupos que vão se exibir durante o festival.
A formação em referência está projectada para acontecer em meados de Fevereiro próximo e conta com o patrocínio da UNESCO, Agencia das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que também está em frente da organização do festival cultural, de Agosto próximo.
Refira-se que desde a sua concepção a organização do festival Baluarte esteve a cargo da Associação dos Amigos da Ilha de Moçambique juntamente com a dos pequenos operadores de turismo APETUR. Entretanto a desagregação da primeira redundou no fracasso das duas ultimas edições, o que motivou as partes interessadas a fazer um novo esboço que exigiu a alteração da sua designação, passando para festival Omuhipithi.