Segundo informações da mineradora, o projecto da central termoeléctrica de Benga, que vai processar carvão de queima, será desenvolvido em duas fases.
A central, localizada à boca da mina, será concluída até 2013, devendo utilizar os activos de transmissão de energia existentes para escoar os 500 megawatts e, posteriormente, prevê aumentar a sua capacidade.
A firma sublinha que na segunda fase serão produzidos dois mil mega watts de energia, mas tudo depende da capacidade de transmissão e da proposta de linha/ou espinha dorsal de transmissão a ser utilizada.
A Riversdale afirma que lhe foi concedido o acesso à rede de transmissão de energia existente em Moçambique.
A mineradora considera que neste momento falta concluir e de forma satisfatória as negociações de compra com os vários intervenientes, que ainda estão em curso.
A utilização do carvão mineral para a produção da energia eléctrica tende a crescer no mundo, por ser considerado um insumo ainda menos explorado e mais acessível.
Estima-se que cerca de 40 porcento da energia produzida no mundo depende do carvão mineral. Na África do Sul, por exemplo, a produção de energia eléctrica é 93 porcento dependente deste produto.
A Riversdale terminou, recentemente, o estudo de viabilidade para exploração da mina de carvão de Benga, onde se espera extrair 5.3 milhões de toneladas desse produto por ano, numa primeira etapa (2009-2014).
O mesmo estudo avança que a exploração vai ocorrer em três etapas alinhadas à conclusão e posterior expansão das infra-estruturas ferroviárias e portuárias de transporte fluvial em barcaças.
A mina de Benga possui reservas de carvão estimadas em 273.3 milhões de toneladas, compostas por 181.3 milhões em reservas comprovadas e 92 milhões em reservas prováveis.
A Riversdale detém um título de concessão da mina de carvão de Benga válido por 25 anos, e, ao longo deste período, prevê criar 1500 empregos directos permanentes, além de outros 4500 postos de trabalho de forma indirecta, produzindo um grande impacto na economia local.
- AIM