Segundo apurámos junto da Direcção Provincial de Turismo, os valores investidos provêm de pessoas singulares de diversas origens, com destaque para moçambicanos, espanhóis, brasileiros, britânicos, sul-africanos, holandeses e zimbabweanos.
Leo Jamal, do departamento de licenciamento naquela instituição, disse que para a Ilha de Moçambique está em construção o “Oloha Lodge”, em Mossuril, o “Coral Lodge”, o “Nuaro Lodge”, em Memba, “Libélula”, “Thamole” e “Kualala Lodge” todos na cidade de Nacala.
Turismo de mergulho, pesca desportiva, promoção de passeios ecológico são alguns dos serviços que maior parte daquelas estâncias proporciona aos seus clientes, segundo Laura Carneiro, co-proprietária da “Nuaro Lodge”, localizada em Tibana, Posto Administrativo de Geba, distrito de Memba.
Constituída por oito chalés, com capacidade para 44 camas, o “Nuaro Lodge” é o mais recente, reunindo todos atributos para ser considerado estância turística ecológica, onde o natural e o moderno fazem uma perfeita combinação.
No que respeita à responsabilidade social, a nossa interlocutora disse que além da absorção da mão-de-obra local sobretudo na construção da unidade, será iniciado um programa de fomento pecuário (criação de gado caprino e galináceo), cultivo de hortícolas não só para abastecimento daquela instancia, como também para melhoria da renda e dieta alimentar das comunidades residentes junto daquela estância.
Segundo o plano estratégico do turismo, o Norte do País deve promover um produto turístico exclusivo, principalmente nas áreas remotas.
BAU NÃO SATISFAZ
A forma como esta a funcionar o Balcão Único de Atendimento (BAU), localizado na cidade de Nampula, não satisfaz os investidores os quais se queixam da burocracia excessiva, atraso na tramitação dos expedientes.
Acusam alguns funcionários de falta de domínio técnico da legislação para responder às preocupações dos interessados, facto reconhecido pela direcção executiva daquela instituição pública.
Os Balcões Único de Atendimento são espaços públicos de acesso fácil onde os cidadãos beneficiam de vários serviços públicos, obtendo respostas às suas preocupações dentro dos prazos estabelecidos.
Os serviços que podem ser obtidos nos BAU são o licenciamento, registo notariado, migração, viação, cobrança de impostos, registo e identificação civil entre outros serviços necessários e convenientes à prossecução do interesse público.
Para o caso específico de Nampula, segundo reclamaram alguns utentes, o BAU “não é local de acesso fácil, há muita burocracia, as pessoas mostram sinais de falta de dedicação ao trabalho”, referiu Laura Carneiro, de nacionalidade brasileira e co-proprietária de “Nuarro Lodge”.
DIRECÇÃO A PAR DOS PROBLEMAS
Respondendo a estas reclamações e ac usações, Castigo José Castigo, director executivo do BAU de Nampula, deu a mão a palmatória, segundo ele “reconhecemos que ainda não estamos a altura dos desafios que se nos colocam, mas estamos a avançar gradualmente”-justificou-se.
Segundo ele, quando da instalação dos BAU no país, em 2005, os mesmos não foram dotados de instrumentos executivos próprios, como é o caso de instalações, pessoal qualificado e orçamentos.
“Antes os BAU funcionaram adstritos às direcções provinciais de indústria e comércio” e até certa altura, os funcionários que eram enviados para trabalharem naquelas instituições eram os piores nos sectores aonde estavam afectos”.
Este procedimento de transformar os BAU numa espécie de “depositário” ou “centro de reclusão” de piores funcionários, mostra falta de percepção da essência da criação daqueles locais.
Quanto à alegada burocracia e morosidade na tramitação do expediente, Castigo explicou que tal não depende do BAU.
“Nós recolhemos os expedientes e encaminhamos às respectivas direcções para efeitos de despacho. O que acontece é que elas não nos devolvem dentro dos prazos aceites”- disse Castigo, que classificou esta atitude de “resistência às mudanças nalgumas instituições públicas”.