Cerca de 86 mil crianças morrem, em média anual, em Moçambique, antes de atingirem o primeiro ano de vida e outras 38 mil antes de cinco anos de vida, o que leva a Organização Mundial da Saúde (OMS) a considerar Moçambique como possuindo a maior taxa de mortalidade infantil no mundo.
As mortes são causadas por doenças que podem ser prevenidas, como são os casos da malária, infecções respiratórias agudas, tuberculose, mal-nutrição e HIV/ SIDA, segundo o Ministério da Saúde (MISAU) que organiza, de hoje até sexta-feira, em Maputo, a segunda conferência nacional de Pediatria.
Cerca de 250 especialistas de Saúde de Moçambique e de vários países vão, assim, debater as abordagens integradas de Saúde, com ênfase nas intervenções que já provaram ser bem sucedidas na luta contra as principais causas da morte das crianças.
O impacto das novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no tratamento pediátrico do HIV, o tratamento preventivo da malária em crianças e a avaliação das necessidades nutricionais das crianças em tratamento anti-retroviral constituem outros pontos de debate do encontro apoiado pela Iniciativa do Presidente dos Estados Unidos da América de Alívio à SIDA (PEPFAR).
Dentre várias personalidades presentes no encontro destaca-se o ministro da Saúde, Paulo Ivo Garrido, a Primeira Dama de Moçambique, Maria da Luz Guebuza, a embaixadora dos EUA em Moçambique, Leslie Rowe, e Chip Lyons, presidente da Fundação Pediátrica Elizabeth Glassr (EGPAF).
CORREIO DA MANHÃ – 25.02.2010