Descendentes de caboverdianos nascidos em São Tomé e Príncipe, e mesmo naturais daquele arquipélago do Equador residentes em Cabo Verde, denunciaram este fim-de-semana, na cidade da Praia, que estão a ser discriminados pelas autoridades caboverdianas.
A denúncia surgiu durante uma reunião com o líder do MpD, Carlos Veiga, que prometeu interceder, inclusive, junto do governo de São Tomé, para ajudar a resolver os problemas desses indivíduos.
Poucos dias depois de um seu deputado ter visitado São Tomé e Príncipe, o MpD – através agora do seu líder – voltou a colocar a situação dos caboverdianos em São Tomé e Príncipe na ordem do dia.
Desta feita, são cidadãos descendentes de caboverdianos em São Tomé e Príncipe, ou mesmo cidadãos oriundos desse país do Equador, a dizerem que estar a ser alvo de discriminação.
Estes alegam dificuldades para obter um cartão de residência, passaportes e outros documentos, o que acaba por lhes dificultar a vida em Cabo Verde.
Alguns são, curiosamente, estudantes bolseiros pelo Estado de Cabo Verde.
Carlos Veiga, cujo governo, nos anos noventa, criou a lei do cidadão lusófono, diz não compreender a alegada discriminação de que são alvo os santomenses ou filhos de caboverdianos em São Tomé e Príncipe.
Independentemente disso, pelo número de santomenses em Cabo Verde, para Carlos Veiga, já se faz sentir a necessidade de o Estado de São Tomé e Príncipe fazer-se representar em terras caboverdianas, nem que seja por um consulado honorário.
BBC – 15.02.2010