O Togo foi suspenso por quatro anos pela sua retirada do Campeonato Africano das Nações (CAN) 2010 em Angola, depois do ataque armado a 8 de Janeiro último em Cabinda, contra a sua delegação próximo da fronteira com o Congo- Brazzaville, que fez três mortos e vários feridos.
Além de ter sido excluído dos próximos dois CAN, o Togo deve igualmente pagar uma multa de 50 mil dólares norte-americanos.
Numa carta enviada ao presidente da CAF, Issa Hayatou, Mohamed Ibn Chambas deplora o ataque contra a delegação togolesa, defendendo o levantamento das sanções.
"Neste contexto, esperava-se mais compaixão, simpatia e compreensão por parte dos organizadores da competição a quem cabe a responsabilidade do bem-estar e da segurança dos participantes", escreveu.
"É, portanto, lamentável que a CAF tome a decisão bizarra de adoptar uma sanção administrativa severa contra a equipa togolesa ao invés da compaixão e da compreensão que o forte traumatismo que os jovens jogadores sofreram deveria suscitar nestes eventos independentes da sua vontade", acrescentou Chambas.Afirmou ainda que a CAF escolheu a indiferença, contrariamente ao sentimento geralmente exprimido pelos africanos a respeito do povo togolês.
"Tendo em conta tudo isto, gostaríamos de chamar a vossa atenção sobre a solidariedade total dos países da África Ocidental com o Togo e esperamos que a CAF adopte uma atitude mais humana e anule a sua decisão", declarou o presidente da Comissão da CEDEAO.
Além do Togo, a CEDEAO agrupa 14 outros Estados, nomeadamente o Benin, o Burkina Faso, Cabo Verde, a Costa do Marfim, o Gana, a Gâmbia, a Guiné-Bissau, a Guiné Conakry, a Libéria, o Mali, o Níger, a Nigéria, o Senegal e a Serra Leoa.