Resumo
O presente trabalho constitui um estudo sobre a ilha de Moçambique: Fortaleza de São Sebastião e a Capela de Nossa Senhora do Baluarte, no período compreendido entre os séculos XVI e XIX, período esse marcado pela dominação colonial portuguesa em Moçambique.
A importância da ilha de Moçambique começou a revelar-se com o estabelecimento do Tratado da Índia e com os acontecimentos navais no Oriente. Em 1544 -1545, quando D. João de Castro[1] foi mandado governar a Índia, verificou, perante o suceder das ocorrências, da urgência de se levar a efeito a fortificação do porto e da ilha em geral. Foi assim que, em 1558, sob batuta de Miguel de Arruda, começa a construção da Fortaleza de S. Sebastião, a maior da África Austral.
Esta fortaleza era muito importante para Portugal, porque a ilha de Moçambique tinha-se tornado o entreposto da permuta de panos e missangas da Índia por ouro, escravos, marfim e pau preto de África, e era da ilha que partiam todas as viagens comerciais para Quelimane, Sofala, Inhambane e Lourenço Marques (actual Maputo), mas também para os principais mercados europeus, de Lisboa para Génova, Veneza e Flandres. Para além dos portugueses outros concorrentes europeus apareceram na corrida pelo controlo das rotas comerciais das especiarias da Índia, como foi o caso dos franceses, ingleses e holandeses, estes inclusive tentaram ocupar a ilha por duas vezes, em 1607 e 1608 e, não o conseguindo, devastaram-na pelo fogo.
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NOTA:
Como ilhéu, os meus parabéns ao Dr. Viriato Caetano Dias sobre este valioso trabalho, já apresentado na Universidade de Évora.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE