Em declarações ao “ Notícias” , LuísBoavida explicou ter sido convidado ao encontro, muito embora em todos os intervalos da reunião, o ex-parlamentar da bancada minoritária tenha sido visto em intensas concertações com partidários de Daviz Simango.
Instado a explicar o motivo de tamanho envolvimento, o nosso interlocutor afirmou que a aproximação com todos os que se encontravam na sala era salutar para o bem da democracia, porque “afinal foi por isso que a Renamo lutou. A Renamo sempre se bateu para um pluralismo político e respeito pelas diferenças”.
O MDM foi criado devido à crispação entre a liderança da Renamo e alguns correligionários da base liderados pelo Daviz Simango, o que se subentende que esta nova formação política se sinta opositora do partido de Afonso Dhlakama.
Instado a comentar este facto, Luís Boavida, disse apenas que agia de livre vontade e para o bem dos moçambicanos.
Acrescentou ainda que no passado teve desavenças com a liderança da “ perdiz”, pelo facto de ter participado num almoço de confraternização por ocasião da reeleição de Daviz Simango, na presidência do Município da Beira. “Participei no lanche e tive alguns problemas, agora estou aqui neste encontro, penso que as pessoas já sabem como eu sou”.
Por outro lado, não confirmou nem desmentiu os rumores que dão conta da sua “paixão” pelo MDM, limitando-se apenas a dizer que “nada me impede de ser membro do MDM, pois estamos livres de tomar a decisão que melhor nos convier”.
Entretanto, o MDM realizou domingo passado uma acção de formação de membros eleitos tanto nas assembleias provinciais, como da Assembleia da República.
Esperava-se que no encontro fosse conhecido o secretário-geral da agremiação, mas o seu porta-voz, José de Sousa, referiu que a questão não foi aflorada devido à presença na corrida de mais dois candidatos, prevendo-se que a eleição ocorra a 13 ou 14 de Marco, em local por decidir. Na altura será também anunciada a composição da nova Comissão Política, já que Daviz Simango dissolveu a anterior há cerca de duas semanas.
A nova Comissão Política também tem de ser ratificada pelo Conselho Nacional.
O Conselho, disse ainda a mesma fonte, poderá também rever algumas cláusulas dos estatutos do MDM.
No total são sete as figuras que concorrem para aquele cargo executivo partidário. Fontes seguras avançaram nomes tais como Ivete Fernandes, João Colaço, Ismael Mussá, Albano Carrige, Eduardo Elias, Bernabé Nkomo e Maria Moreno.
- RODRIGUES LUÍS