Por alegada fraude
O antigo presidente sul-africano, Nelson Mandela, proibiu que o seu nome fosse usado para promover o chamado Fórum Africano, agremiação criada em 2006 e que tem como presidente Joaquim Chissano. De acordo com a edição de ontem do semanário Sunday Times, de Joanesburgo, a decisão de Mandela prende-se com o facto do Fórum Africano ter sido alvo de alegações de fraude.
A fonte refere que a empresa de aluguer de aviões, Fastjet, processou judicialmente o Fórum Africano, afirmando que o secretário executivo desta agremiação, Dr. John Tesha, havia mentido como forma de obter o consentimento daquela firma para que fretasse um avião a jacto para o transporte de cinco antigos chefes de Estado africanos para assistirem às celebrações do aniversário da independência da Libéria em Julho de 2008. O Fórum Africano deveria ter pago 208.000 USD a pronto para o fretamento do avião, mas Tesha deu garantias de que o pagamento seria efectuado “dentro de dois dias após a realização do voo com destino a Monróvia”.
Entre os cinco antigos chefes de Estado que seguiram no voo contam-se Joaquim Chissano, de Moçambique, Sam Nujoma, da Namíbia, Frederic Chiluba, da Zâmbia, e Jerry Rawlings, do Gana. Dois dias após o voo ter sido efectuado, o Fórum Africano não havia ainda pago os duzentos e oito mil dólares americanos (208.000,00 USD) acordados. No dia 4 de Agosto de 2008, o Dr. John Tesha enviou uma mensagem por correio electrónico ao director executivo da Fastjet, Shaun Roseveare, a informar que os fundos em falta seriam disponibilizados “no espaço de um mês” pela Fundação Kellogs, sediada em Michingan, Estados Unidos.
Em declaração ajuramentada, a Fundação Kellog negou que alguma vez tivesse concordado em patrocinar o Fórum Africano. (Redacção)
CANALMOZ – 15.02.2010