Imede Falume, chefe dos Serviços de Florestas e Fauna Bravia na Direcção Provincial de Agricultura em Nampula, disse ao nosso jornal, que brevemente o seu sector vai iniciar com o processo de selecção entre os 53 operadores florestais na província, visando apurar aqueles que reúnem o mínimo de capacidades técnico-financeiras para se transformarem em concessionários do ramo florestal.
Após a conclusão deste processo o sector de Agricultura naquela parcela do país vai colocar à disposição dos interessados informações várias, sobretudo as relacionadas com vantagens que os operadores florestais podem obter quando se transformarem em concessionários do ramo.
Entre essas vantagens destacou o facto de o governo ter criado uma linha de financiamento através da banca comercial visando, fundamentalmente, capacitar os concessionários do ramo das florestas em recursos financeiros para aquisição de equipamentos, incluindo meios circulantes para desenvolverem cabalmente as suas actividades.
A lei que cria as concessões florestais preconiza que o concessionário, além de apresentar um plano de maneio que potencia actividades de reflorestamento e aproveitamento sustentável dos recursos existentes na sua concessão, deve criar uma unidade industrial de processamento local de madeira, entre outros derivados.
Este facto cria oportunidades de emprego para as comunidades circundantes à concessão florestal, além de vantagens ecológicas, sociais e financeiras para o concessionário.
Imede Falume fez saber que o governo de Nampula tem no horizonte aperfeiçoar até um nível satisfatório, os mecanismos de controlo dos recursos florestais existentes na província. Para esse objectivo o governo potencia o exercício de controlo em relação à actividade dos operadores florestais, sendo mais fácil aquela que é desenvolvida pelos concessionários.
- Carlos Tembe
