Reconheceu haver alguns membros daquela agremiação que se identificam com partidos políticos, mas opinou que estes, por constituírem figuras legitimadas pelos residentes, não devem influenciar as comunidades sobre a sua tendência política.
Chibongoloa respondia a uma pergunta do nosso Jornal sobre as tendências políticas de algumas destas autoridades gentílicas, facto que muitas vezes descamba em desinteligências com as autoridades governamentais.
Recentemente o regulo N’djandge, do posto administrativo de Nhangau, arredores da cidade da Beira, acusou a representante do Estado na capital de Sofala, Cremilda Sabino, de o ter supostamente coagido a deixar aquele cargo em virtude de ter sido eleito membro da Assembleia Municipal pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), facto que a governante desmentiu.
“Na nossa associação existem membros que pertencem a alguns partidos mas sempre defendemos que por natureza um regulo não e político, mas sim um elemento que colabora com qualquer Governo do dia para a correcta execução do seu programa de governação para a melhoria da vida das comunidades” - referiu.
Segundo a fonte, um dos principais papéis do régulo é fazer chegar a sua comunidade as políticas traçadas pelo Governo para o desenvolvimento e não assumir politicamente as recomendações partidárias.
“Desde os tempos remotos o régulo sempre assumiu o papel de intermediário entre a população e o Governo, quer na transmissão de políticas quer mesmo na cobrança de impostos. Quando o Governo pretende transmitir as suas políticas o agente encarregue de mobilizar a população e o régulo. Como tal, este não deve influenciar a população em razão das suas convicções políticas”, explicou.
José Meque Chibongoloa disse que um dos principais objectivos da AMAMBO, é resgatar o papel do régulo para que este possa constituir-se numa peça-chave no apoio ao Governo, principalmente no que tange ao combate à pobreza e na promoção doutras acções que resultem na melhoria da qualidade de vida das populações”.
- ANTÓNIO JANEIRO