No seu discurso, durante a abertura da sessão ordinária da Assembleia da República, Margarida Talapa disse que desde sempre a mulher moçambicana soube, nos princípios da liberdade e igualdade, assumir a epopeia libertadora, o papel de combatente, educadora, apoio logístico, em suma em todas as vertentes para que com o seu exemplo e engajamento se lograsse a independência nacional.
“Libertada a terra e os homens, a mulher tem na nossa sociedade um papel crucial na luta pela independência económica, estando presente em todas as frentes de combate contra a pobreza e pelo desenvolvimento sustentável do país”, realçou a chefe da bancada da Frelimo na AR.
Acrescentou que Moçambique “é um país que se pode orgulhar do papel da mulher, que ocupa um lugar de relevo em todas as esferas da sociedade, na vida politica, económica e sociocultural”.
Na mesma intervenção, Margarida Talapa recordou que o país celebra este ano os 50 anos do Massacre de Mueda e os 35 anos da independência nacional, actos que irão decorrer sob o signo 35 anos unidos na luta contra a pobreza. Três gerações, um só povo; uma só nação.
Segundo Margarida Talapa, este é o momento alto para a celebração do passado, a gesta libertadora.
“Momento para prestarmos a justa homenagem ao arquitecto da unidade nacional – Eduardo Mondlane – e a tantos outros heróis que consentiram sacrifícios, até com a própria dádiva da vida, para que Moçambique resgatasse a sua historia e o seu povo vivesse livre e independente, com identidade nacional própria”, vincou.
Margarida Talapa lembrou que o país vai recordar a 16 de Junho próximo os 50 anos do hediondo Massacre de Mueda, onde centenas de moçambicanos indefesos perderam as suas vidas, porque ousaram exigir ao colonialismo a independência nacional.
“O sangue derramado em Mueda e noutros lugares do nosso país foi um catalisador do processo de independência nacional e acelerador do início da gesta histórica da libertação nacional”, frisou, salientando que Moçambique, hoje, é um país soberano que soube conquistar o respeito e admiração no concerto das nações, que trilha os caminhos do progresso e desenvolvimento, consolida o Estado de Direito e é uma referência a nível regional, continental e mundial.
Neste sentido, segundo Margarida Talapa, a bancada parlamentar da Frelimo exorta a todos os moçambicanos a participar massiva e activamente nas celebrações dos 35 anos da independência nacional fazendo deste momento, um momento de festa, de reflexão, de reforço da unidade nacional do espírito de auto-estima e da inspiração para o sucesso da luta contra a pobreza.
Margarida Talapa manifestou-se segura de que com milhões de braços e uma só força, o povo vencerá a pobreza.
NOTA:
Para que se insiste nas "centenas" de mortes em Mueda, a 16 de Junho de 1960, quando se sabe já há muito que não chegaram às 2 dezenas e algumas por terem sido pisadas por outras em fuga. Quando é que os "historiadores" moçambicanos têm a coragem de pôr os "pontos nos is"? Ou estão com medo de perder o "tacho"?
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/massacre_mueda_16061960/
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE