A China reagiu furiosamente à decisão da gigante da Internet, Google, de parar de censurar a versão chinesa do seu motor de busca, como estipula a lei daquele país.
A gigante da Internet diz que vai reencaminhar todas as operações para um portal não censurado em Hong Kong e que vai monitorar de perto qualquer tentativa para restringir o acesso dos utilizadores chineses ao novo portal.
A China diz que a Google violou uma promessa escrita quando entrou no mercado chinês de cumprir leis que requereriam que filtrasse os resultados do seu motor de busca.
Acrescentou que a decisão da Google não iria, no entanto, afectar as relações com os Estados Unidos, a não ser que outros tentem politizar a questão.
Ataques
A Google tinha anunciado em Janeiro que estava a considerar o cancelamento das suas operações na China depois de ter alegado que vários correios electrónicos de activistas chineses dos direitos humanos foram alvo de ataques.
A Google assinou o primeiro contracto para penetrar no mercado chinês em 2006. Mas enfrentou vigoroso criticismo por ter acedido em omitir dos seus resultados de pesquisa todos os tópicos que o governo chinês considerava "sensíveis".
A agência noticiosa oficial do país, Xinhua, citou um representante governamental como tendo dito que as autoridades chinesas se tinham reunido com executivos da Google em Janeiro e Fevereiro e que lhes tinham pacientemente explicado que a companhia tinha de cumprir a lei.
Correspondentes dizem que apesar de ter reencaminhado operações para o portal de Hong Kong, buscas para questões sensíveis como a do Tibete continuam na maior parte bloqueadas.
BBC – 23.03.2010