O Ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, que semana passada visitou o empreendimento, tomou conhecimento do atraso dos trabalhos e recomendou à Administração Nacional de Estradas (ANE) para garantir o cumprimento dos prazos, situação que passa pela apresentação por parte do empreiteiro do plano de recuperação do tempo.
O delegado da ANE em Inhambane, Fernando Dabo, explicou durante a visita do ministro que o actual rítimo dos trabalhos não garante o cumprimento do prazo. A TARCON trabalha mensalmente quatro quilómetros, metade do que seria viável para evitar atrasos do que está previsto no contrato.
Dabo disse ao nosso Jornal que o prazo inicial da entrega da obra estava previsto para Junho de 2010 e a pedido do empreiteiro, sem implicações financeiras para obra, alegando factores como chuvas.
Assim, a conclusão e entrega do trabalho passou para Dezembro de 2010, prazo que está seriamente comprometido por causa da morosidade que se verifica nos trabalhos executados no terreno.
O plano de recuperação do tempo que nos próximos dias será objecto de análise entre a TARCON e a ANE poderá fundamentalmente passar como primeira proposta o aumento de equipas de trabalho como uma das saídas, sendo em número de quatro a cinco as equipas razoáveis para os trabalhos terminarem dentro do prazo.
A subcontratação poderá ser a segunda hipótese, pois implicará por parte
do actual empreiteiro dividir os recursos financeiros para garantir a finalização da obra em tempo útil.
Cadmiel Muthemba, que percorreu cerca de cento e cinquenta quilómetros da obra deslocando-se da cidade da Maxixe até à vila de Inharrime, passando pelos distritos de Homoíne e Panda, recomendou às estruturas locais para assegurarem o cumprimento dos prazos e a qualidade desejada.
Fernando Dabo explicou que a degradação de algumas secções da Estrada R482 de Inharrime a Panda tem haver com a circulação de camiões com carga pesada transportando mais de quarenta e oito toneladas. Disse que o próprio empreiteiro usa a mesma estrada para o transporte do material da obra de um ponto para os outro, neste caso de Inhassune para todos pontos onde decorrem os trabalhos.
Para corrigir a situação, está previsto, segundo explicação de Dabo, o controlo de qualidade no período de garantia. “A qualidade bem como a durabilidade ainda não constituem neste momento motivos de alarme, pois tudo foi acautelado no contrato”, disse, adiantando que as chuvas que caíram nos últimos dias poderão ter criado problemas na circulação de veículos, sobretudo devido à movimentação diária de camiões de grande tonelagem.
Muthemba manifestou, no entanto, relativa satisfação nos trabalhos em curso na reabilitação da Estrada Nacional Número um, no troço que vai da vila de Massinga a Inhachengue.
- Victor Machirica