Jatropha em Nacala-a-velha
O projecto contempla ainda a construção de uma fabrica de processamento daquela planta
O Ministério de Agricultura (MINAG), acaba de conceder a empresa AVIAM, Lda., a licença de exploração de 10 mil hectares de terra arável, no distrito costeiro de Nacala-a-velha, em Nampula, para o cultivo de Jatrofa Curca, destinada a produção de Óleo vegetal.
Segundo Daniel Chapo, administrador de Nacala-a-velha, a concessão da licença, que era esperada há cerca de dois anos, ira dar um novo alento aos investidores, que se mostravam reticentes na mobilização de maquinaria e outras alfaias agrícolas para a exploração da área.
Aquele governante, que há dias se deslocou a região de Micolene, sossegou os cerca de duzentos trabalhadores da empresa AVIAM, actualmente empregues na área de produção de mudas de Jatropha, que a partir da semana passada, manifestavam sinais de frustração com relação a seriedade da implantação do projecto de cultivo de Jatropha.
O projecto de produção de Jatropha Curca em Nacala-a-velha, que igualmente compreende a instalação de uma fabrica de processamento daquele produto para sua transformação em óleo vegetal, esta orçado em 20 milhões de dólares americanos e conta com a participação de empresários italianos e moçambicanos.
Segundo o termo de autorização do projecto AVIAM, cuja copia a nossa Reportagem teve acesso, o óleo vegetal que ali será extraído, a sua comercialização deve observar as quotas registadas sendo que 20 por cento, para o mercado nacional, e a outra de 80 por cento, para a exportação.
O Jatropha Curca, também conhecido por pinhão manso, a sua produção apresenta algumas vantagens para os produtores, sendo a destacar que pode ser produzido em terras menos férteis, de forma fácil; gera emprego fixo no campo, sem que seja necessariamente uma mão-de-obra qualificada; o seu plantio recupera solos degradados; controla a erosão e dá lucros para quem a pratica.
O processo de extracção do óleo vegetal da Jatropha Curca, que é uma gordura obtida através daquela planta, pode ser química, a semelhança do que se pretende fazer em Micolene, tornando-se barato, rápido, para além de viabilizar o
desenvolvimento sustentável, em comunidades rurais.
Este Óleo vegetal pode ser usado na pintura, na produção de lubrificantes, cosméticos, farmacêuticos.
Cálculos indicam que, em situação de uma campanha bem sucedida, o rendimento por hectare é de 5 toneladas de sementes, o que possibilita a produção de
WAMPHULA FAX – 30.03.2010