A reabilitação e modernização do “Xikhelene”, acreditava-se ter aberto uma nova página na história daquele local, mas os vendedores estão a voltar a instalar bancas nos mesmos passeios donde foram mobilizados a retirarem-se e posteriormente escorraçados.
Por outro lado, os “chapa” teimam em desembarcar e embarcar os passageiros fora da terminal construída para o efeito, cenário que piora nas noites, altura em que quase nenhum utiliza aquela infra-estrutura. Aliás, nesse período, os vendedores chegam a ocupar parte das faixas de rodagem, transtornando a fluidez do tráfego.
Os utentes do “Xikhelene” tendem ainda a transformar qualquer esquina ou poste de transporte de energia eléctrica de urinóis, situação, entretanto, agudizada pela falta de sanitários municipais. Os móveis instalados no local provisoriamente, embora pareça serem definitivos, têm uma taxa de utilização considerada alta pelos cidadãos.
A manutenção dos passeios livres dos vendedores só foi possível durante os dias em que a Polícia Municipal esteve instalada na Praça dos Combatentes. Logo que a força se retirou, na crença de que os vendedores já haviam assumido a necessidade de praticar o negócio em locais apropriados, eles retomaram àqueles pontos.
António Tovela, vereador de Mercados e Feiras, contactado há dias pela nossa Reportagem, mostrou-se estar a par do cenário e avançou algumas propostas de solução do problema nos seguintes termos: “Temos assistido à ocupação dos passeios e de parte das faixas de rodagem, facto que se deve à nossa fragilidade de fiscalização”, disse o vereador, acrescentando que os vendedores devem ocupar as bancas livres em vários mercados na zona, com destaque para o “Mukhoriana” e o 1º de Junho.
Por outro lado, o vereador atirou as culpas aos munícipes por continuarem a comprar produtos nos passeios, facto que disse estar a concorrer para a permanência dos vendedores em locais inapropriados.
Quanto ao caos que ameaça a Praça dos Combatentes, António Tovela disse estar-se a estudar o envio de agentes da Polícia Municipal para devolver a ordem. Contudo, enquanto isso não se efectiva, a edilidade aposta na sensibilização dos vendedores para a abandonarem os passeios e as estradas.