O jornalista, poeta e escritor moçambicano Albino Magaia, que se destacou na luta de libertação de Moçambique, morreu aos 63 anos na noite de sexta-feira em sua casa em Maputo, vítima de doença, anunciou hoje fonte familiar.
Citado pela Rádio Moçambique, Eduardo Magaia, filho de Albino Magaia, disse que o pai “perdeu a vida em casa, quando tentava descansar”, apontando como eventual causa de morte “edema pulmonar, na sequência de uma doença que o apoquentava há um ano”.
“Ele teve um ataque de falta de ar. Provavelmente, a morte foi causada por um edema pulmonar (cúmulo de fluido nos pulmões que, normalmente, leva a dificuldades na troca gasosa e pode causar insuficiência respiratória)”, disse Eduardo Magaia.
Antigo director do semanário Tempo, a primeira revista do período pós independência, Albino Magaia foi membro do Núcleo dos Estudantes Secundários Africanos de Moçambique (NESAM), já presidido pelo actual chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza.
Na sua juventude, ao lado de José Craveirinha e Noémia de Sousa, participou na fundação da Associação dos Escritores Moçambicanos, onde assumiu o cargo de secretário geral. Também foi um dos impulsionadores do Sindicato Nacional de Jornalista (SNJ).
O secretário do SNJ, Eduardo Constantino, considerou "uma perda irreparável" para o jornalismo moçambicano a morte de Albino Magaia, que era tratado carinhosamente pelos colegas como "jornalista mais velho".
Eduardo Constantino apelou à nova geração de jornalistas para se "inspirarem nos feitos de Albino Magaia, por ser um exemplo a seguir".
Albino Magaia publicou em vida um livro de poesias intitulado “Assim no tempo derrubado" (1982), a novela “Yô Mabalane” (1983) e o romance “Malungate” (1987), uma das obras conceituadas da literatura moçambicana.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 27.03.2010