A cifra, segundo o vice-ministro Augusto Jone, representa um elevado esforço, por parte do governo e de seus parceiros de cooperação tomando em linha de conta, o facto de a dominação colonial portuguesa, ter deixado uma taxa de 93 porcento de analfabetos.
O nosso país, ainda de acordo com aquele governante, por assumir que ainda há um longo caminho a percorrer no combate ao analfabetismo e à pobreza, se mostra determinado a erradicar este mal, daí que nos centros de alfabetização anualmente se vai registando uma participação cada vez mais envolvente, com particular ênfase para a presença da mulher, que a partir do conhecimento vai buscando a sua emancipação em todos os capítulos da vida.
“Não é possível falar da erradicação do analfabetismo no país, sem a conjugação de esforços para a escolarização universal no ensino primário , pois as crianças que não têm acesso à escola em tempo útil, ou as que desistem podem ser potenciais futuros analfabetos quando adultos”, advertiu Jone.
Assim sendo, conforme explicou o vice-ministro, o governo está a colocar actualmente cerca de 70 porcento das crianças com idades compreendidas entre os 6 a 12 anos, num conjunto de esforços, visando o alcance das metas do Desenvolvimento do Milénio, que se consubstancia na obtenção de uma educação básica de qualidade.
Segundo, a nossa fonte, a avaliação interna ao programa realizada pelo ministério da Educação no final de 2005, considerou a necessidade de introdução de novos elementos, com destaque para a oralidade, por forma a se atender a dimensão multilingue do país, devendo ser potenciado para o efeito a transmissão de programas através das rádios comunitárias, por forma a melhor se racionalizar os parcos recursos financeiros e humanos existentes.
Na ocasião, Raimundo Diomba, Governador da província de Gaza, deu a conhecer que a província pretende alfabetizar neste âmbito, 62 mil pessoas, tendo destacado o facto de o seu executivo, vir a privilegiar o envolvimento dos membros dos conselhos consultivos nos distritos, para que estes possam através da obtenção do saber, assumir um maior protagonismo na definição e controlo de programas de desenvolvimento nas suas zonas de jurisdição.
Aquele governante destacou ainda no seu discurso, a grande colaboração que a província tem vindo a merecer na implementação destes programas, por parte de parceiros como a UDEBA, Save the Children, ADCR, na formação de alfabetizadores voluntários e no desenvolvimento da alfabetização não formal.
A cerimónia inaugural do lançamento do programa de alfabetização contou com a presença de embaixadores do Brasil e Cuba, membros do governo provincial e outros convidados.
- Virgílio Bambo