De seguida, ao que apurámos, saltaram o muro de vedação da BO, com uma altura a rondar os três metros, sem que ninguém se apercebesse. Aliás, sete guardas prisionais que estavam de serviço no dia da ocorrência foram detidos para averiguações, tendo lhes sido instaurado processos-crime e disciplinar.
De acordo com as autoridades, dada a perigosidade de Clopas, Davidane e Babane, que nas suas incursões actuam com recurso a armas de fogo, toda a informação sobre o seu paradeiro é descrita como fundamental para a sua recaptura. A mesma, ao que apurámos, poderá ser recompensada, não se sabendo até que ponto, visto que a prioridade é mesmo recapturar os indivíduos e devolvê-los à BO.
Clopas encontrava-se detido na BO há nove meses, Davidane a cinco e Babane há um ano e sete meses naquela cadeia. Todos eles aguardavam pelo julgamento e respondiam em processos relacionados com roubo com recurso à mão armada.
Do rastreio feito, consta que eles actuavam isoladamente, ou seja, cada um tinha o seu grupo perigosamente temido por actuar com recurso a armas de fogo. Tanto mais que eles entraram em momentos diferentes.
Não era a primeira vez que o trio de foragidos era detido. Em ocasiões anteriores os já haviam sido encaminhados aos calabouços por envolvimento em actos criminais.
Em Dezembro último, outros três perigosos cadastrados que cumpriam penas de prisão maior, também na BO, evadiram-se e até aqui nada foi dito sobre uma eventual recaptura dos mesmos. Félix Julião Parruque (Santana), Walter Milagre Kett (Tchuma) e Jorge Martins Cuna, que naquele estabelecimento prisional cumpriam penas que variam de 14 a 21 anos de prisão maior, fugiram em condições pouco claras.
Na altura e em conexão com a fuga foram dadas ordens de prisão a três oficiais da PRM que guarneciam a prisão no dia da fuga. Recolheram à cadeia um oficial de permanência e dois chefes de secções operativas.