Falando na ocasião, o Ministro das Finanças, Manuel Chang, disse que o estudo também mostra que, relativamente à constituição de poupanças a médio e longo prazos, a limitada liquidez da maioria das pessoas continuará a representar um obstáculo sério à expansão das contas de poupança, particularmente de depósitos a prazo.
“Na verdade e com vista à progressiva melhoria do acesso universal de todos aos serviços financeiros revela-se imperiosa a identificação de estratégias e mecanismos mais envolventes e de maior inclusão social, bem como o desenvolvimento de acções concretas conducentes à satisfação das necessidades das populações, de modo especial as de realização de investimentos nas zonas rurais”, disse Manuel Chang.
O estudo ontem lançado tem por objectivo contribuir para o desenvolvimento de um entendimento global sobre o ambiente dos serviços financeiros em Moçambique e obter um conhecimento detalhado sobre os segmentos que têm ou não acesso completo a esses serviços.
De acordo com Manuel Chang, da análise feita conclui-se que o Governo e os demais intervenientes no sector devem dar continuidade ao processo de expansão de uma rede de serviços financeiros que responda satisfatoriamente às necessidades de todos cidadãos.
“É pertinente e importante a disseminação generalizada dos resultados do estudo, devendo os órgãos de informação desempenhar um papel relevante no processo de informação e formação dos cidadãos, em particular na área da educação financeira da população ‘iletrada’ nesta matéria, incluindo na promoção de hábitos de poupança e da sua correcta aplicação e gestão”, disse o governante.
A prestação e utilização de serviços financeiros via telefonia móvel, que segundo Manuel Chang já está em franco processo de popularização no país, é outro segmento de acção a ser considerado.
“Também se recomenda a concepção e desenvolvimento de produtos seguros e de previdência social adequados às reais necessidades de desenvolvimento da economia e da sociedade moçambicanas”, afirmou o Ministro das Finanças.