Consta que Orlando José teria estado por volta das 16.00 horas na Terminal de Carga do Ferroviário com o objectivo de acompanhar a entrada das referidas viaturas, nomeadamente um Ranger Rover, BMW e um Mercedes-Benz que haviam entrado no país sem pagar o fisco. Até ao momento não são conhecidos os autores do crime, sendo que as autoridades policiais estão a trabalhar para a sua identificação, localização e detenção.
Sabe-se, no entanto, que a vítima foi atingida com pelo menos três balas de arma de fogo, nomeadamente na cabeça, na região do coração e nos pés, quando saía da viatura pessoal já na sua zona residencial.
Há fortes suspeitas de que o bando de criminosos estaria ligado a uma rede cujo um dos seus constituintes foi apanhado na semana passada pelas Alfândegas de Moçambique na posse de 400 mil dólares norte-americanos numa operação conjunta levada a cabo por aquela corporação e os Serviços de Investigação Criminal da Polícia da República de Moçambique.
O dinheiro em causa estava embalado e escondido no interior de uma das portas de uma viatura de marca Mitsubish Pajero GDI, com a chapa de inscrição AAD425-MP, na circunstância conduzida por um indivíduo de origem libanesa que, entretanto, foi detido pelas autoridades policiais.
Em declarações prestadas a jornalistas, o então director de Auditoria, Investigação e Informação das Alfândegas de Moçambique, Orlando José, disse que o veículo neutralizado na cidade de Chimoio, na província de Manica, ido da capital do país, iria ser levado para a inspecção não intrusiva (vulgo scanner) para verificar se existia ou não mais dinheiro escondido, visto que quando da sua detenção o indivíduo em causa declarou que transportava apenas 115 mil dólares.
Na circunstância, o indivíduo em causa, aparentando 22 anos de idade, teria dito que estava ligado a uma empresa que se dedica à exploração de ouro e que ia para a cidade de Chimoio efectuar pagamentos naquilo que foi descrito pelas autoridades alfandegárias de um assunto típico de lavagem de dinheiro.