Abjecto a arqui – magoado,
Mas não é sonho
Nem mesmo delírio
É pesadelo !
Que dói !,
Da voragem desenfreada,
Estranha,
Que tiveram em Moçambique
Com alvará
E alto desleixo
Do estouvado Portugal
Do Abril de 1974,
De nos surripiarem
OS NOSSOS, MUITO NOSSOS
INDISCUTÍVEIS BENS.~
Trinta agrestes
Milénios
Volvidos aquém,
De renovadas e laboriosas
Vidas,
Nos recônditos arquivos
Das Câmaras Municipais
Re - crismadas
De Concelhos Executivos ?
Lá !, ainda prevalecem
Firmes os originais nomes
Dos estóicos obreiros
Sagazes e profícuos,
Quiçá eternos proprietários !!!
A olhos de águia,
Resolutos e plantados
Da ocidental praia lusitana
Face
À oriental praia moçambicana,
A flecha bipolar re - assinala
Eternas e prevalecentes
AS NOSSAS
SAGRADAS BRÔAS BEIRÃS
Do ultra – repetível brado
Incontestável
No livre direito
À legítima herança
Usurpada
Conquanto re - amanheçam
Para sempre
Intransigente
E sublinhadamente :
QUE OS NOSSOS,
MUITO NOSSOS PRÉDIOS
SÃO NOSSOS !
NOSSOS
E NUNCA JAMAIS
DE MAIS NINGUÉM !!!
OU
INFERINDO NO DIREITO
AO DIREITO,
A LEGÍTIMA INDEMNIZAÇÃO
POR INQUESTIONÁVEL
E PROFUNDA RAZÃO !
A LEGÍTIMA INDEMNIZAÇÃO
POR INQUESTIONÁVEL
E PROFUNDA RAZÃO !!!