A informação foi facultada pelo chefe do Gabinete de Imprensa do Comando provincial da PRM em Sofala, Mateus Mazive, que reconhece a gravidade do problema, dai que assegurou que há esforços para devolver a calma à cidade da Beira, bem como a alguns distritos onde os “homens catana” têm algumas “células”.
No entanto, relatos anteriores davam conta que os “homens catana” tinham as residências como seu principal alvo, mas nas últimas semanas já há registo de assaltos na via pública protagonizados por esta quadrilha que além de tirar os bens fere as vítimas com recurso a armas brancas, catanas neste caso.
A zona da Manga continua a ser o principal palco dos “homens catana”, depois seguem-se outros bairros da periferia. Aliás, os últimos relatos apontam que esta quadrilha já começou a semear terror na zona de cimento, nomeadamente nos bairros Ponta-Gêa, Chaimite e Maquinino.
Com efeito, a PRM confirmou a detenção na 2ª Esquadra, Ponta- Gêa, de um jovem de 19 anos que se presume faça parte desta quadrilha e que no último final de semana teria junto dos seus comparsas ainda a monte, retirado fios de ouro, telemóvel, vários documentos e um valor monetário estimado em mais de 500 meticais a um cidadão, nas proximidades do Hospital da Ponta-Gêa, com recurso a catanas
Ainda na zona da Manga há relatos de registo de mortes que se presume tenham sido protagonizadas pelos “homens catana” depois de terem assaltado as residências das vítimas em alusão.
Diante desta onda de violência macabra, o chefe do departamento de Imprensa do Comando Provincial da PRM em Sofala, Mateus Mazive, revelou ontem ao “Notícias” que a sua corporação foi forçada a reorganizar o seu equema de patrulhamento que envolve ainda agentes à paisana, a Brigada Anti-Crime (BAC) que está a intensificar as suas acções em zonas de difícil acesso com recurso a motorizadas.
“Estes homens constituem uma preocupação para a polícia atendendo e considerando que aterrorizam cidadãos. Por isso reogarnizamos o patrulhamento, com destacaque para a Manga, com agentes à paisana além da BAC que entra em locais mais recônditos dos bairros. Reactivamos também o policiamento comunitário para que a vigilância seja mais forte, com objectivo de fazer face a esta situação”- explicou Mazive.
Aclarou ainda que o facto de ter sido reactivado o policiamento comunitário não significa que estes elementos vão ter que fazer a patrulha, eles serão apenas os “olheiros” da PRM e em caso de detectarem qualquer anomalia têm a obrigação de alertar a corporação que por sua vez irá actuar contra os malfeitores.
- Eduardo Sixpence