Em Moçambique, cerca de 456 mil pessoas vivem numa “situação de insegurança alimentar extrema”, devido à seca, que destruiu cerca de 648 mil hectares de culturas agrícolas, de acordo com um relatório divulgado hoje pelo Governo moçambicano.
Segundo a ministra moçambicana da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, que prestou a informação sobre a situação das calamidades naturais à Assembleia da República, o número de pessoas afectadas pela insegurança alimentar agravou-se no país nos últimos quatro meses.
Em Dezembro de 2009, o estado de insegurança alimentar afetava 281 300 pessoa, devido à estiagem, assinalou Carmelita Namashulua.
De acordo com o relatório do Governo sobre a situação das calamidades naturais, as províncias mais afetadas pela seca são Tete, com 142 mil pessoas em situação de insegurança alimentar, e Sofala, 90 210, ambas no centro do país, bem como Inhambane, no sul, com cerca de 40 mil pessoas.
As restantes vítimas de fome encontram-se dispersas por outras províncias do país, assinalou a governante.
Além da seca, Moçambique foi assolado nos últimos quatro meses por outro tipo de calamidades naturais, principalmente chuvas, que entre Fevereiro e Março deste ano desalojaram 6.257 das bacias do Zambeze, Púngué e Buzi, no centro do país, afirmou a ministra moçambicana da Administração Estatal.
“Paradoxalmente, tendo em conta a seca que vinha assolando algumas regiões do país, a partir dos meses de Fevereiro e Março, as chuvas intensificaram-se em algumas zonas, bem como nos países vizinhos com os quais Moçambique partilha os rios internacionais”, frisou Carmelita Namashulua.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 28.04.2010
NOTA: Fazendo uma pequena conta: 456.000 pessoas, serão 91.200 agregados familiares ( 5 pessoas por família). Em agricultura de subsistência como é que cada família tem mais de
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE