POLÍCIA ASSUME PROTAGONISMO...
- Um cidadão anónimo matou a tiro de uma pistola Agostinho Tchaúque, quando este cadastrado mais procurado pela Polícia da República de Moçambique (PRM) e fugitivo entre Moçambique e África do Sul há mais de um ano, tentou roubar-lhe uma viatura de grande cilindrada na zona alta da cidade Maputo.
Quando a alta patente da Polícia da República Moçambique (PRM) menos esperava que por essas alturas as suas buscas e captura resultassem em sucesso, foi surpreendida com um corpo sem vida abandonado numa viatura toyota corolla, matrícula MMQ 85- 77, na cidade Matola, na noite de domingo passado. Feita a perícia concluiu-se que se tratava de Agostinho Tchaúque arrastado pelos comparsas depois de ter sido baleado nos tiroteios ocorridos defronte da Escola Secundária Josina Machel.
O Diário do Notícias ouviu relatos de fontes fiáveis que acompanharam as circunstâncias em que tombou o suposto cadastrado mais procurado pelas autoridades policiais de Moçambique. Nas primeiras horas da manhã de ontem a reportagem do DN fez-se ao local, onde para além de ver asfalto banhado de sangue, pôde recolher de outras testemunhas oculares informações semelhantes.
Uma das fontes que estiveram debaixo dos tiroteios, perto das 18horas, defronte da Escola Secundária Josina Machel e do Jardim dos Professores, na Av. Patrice
Lummbra, disse que Agostinho Tchaúque que, só depois de estatelado no chão se confirmou tratar dele, estava na companhia dos seus comparsas (seis, de acordo com a Polícia). Tcháuque, que subia no sentido Baixa-Museu, sem ver um elemento da Polícia algures, pelo menos uniformizado, desceu de um dos dois carros da quadrilha e dirigiu a uma viatura de luxo, de marca Dodge, estacionada na entrada da esplanada do Jardim dos Namorados.
Ao dono do carro, de raça branca, que estava na companhia dos dois filhos, Agostinho Tchaúque ordenou-o para que lhe desse a chave de ignição do mesmo, mas aquele só lhe entregou uma falsa.
Nervoso por descobrir que o proprietário do Dogche vermelho escondia a chave original e já estava a evacuar os filhos do local das escaramuças, o apelidado empresário criminoso tentou sequestrar uma dessas crianças.
Para o azar do ladrão, o dono da viatura também ficou nervoso perante essas atitudes e não se fezando de rogado, sacou da cintura uma pistola disparando um tiro na cabeça do bandido, que ao tombar no chão imediatamente os populares e agentes da PRM que apareceram depois confirmaram o bandido que disputava o carro e filho do cliente da Esplanada do Jardim dos Professores, era afinal de contas Agostinho Tchaúque, o mais procurado pela PRM.
Segundo as fontes, durante o tempo que durou a tentativa do roubo do carro, o proprietário do mesmo gritava pelo socorro da Polícia que não se encontrava ali
perto. Alguém terá procurado pelos agentes da lei e ordem em provável patrulha nas mediações da Praça do Museu de História Natural. As fontes disseram ainda que os agentes da PRM ao se fazer ao local começaram a disparar a uns
PRM procura protagonismo
Em conferência de imprensa, o porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da Cidade de Maputo, Arnaldo Chefo, confirmou que “uma viatura de marca Toyota Corolla, chapa de inscrição MMQ 85-77, foi encontrada na Cidade Matola, com um corpo sem vida. Feita a perícia, concluiu-se tratar de Agostinho Tchaúque, baleado no tiroteio ocorrido por volta das 20horas, na zona de Polana Cimento”, informou o polícia.
Arnaldo Chefo disse ainda que Agostinho Tchaúque foi morto por um tiro disparado na cabeça, pois outras cicatrizes que o corpo dele apresenta são de balas em outras circunstâncias.
Aproveitando a ocasião, a Polícia pede a colaboração de todos em comunicar-lhe, caso souber, da presença de um homem alvejado, com vista a captura dos restantes comparsas de Tchaúque . De acordo com o porta-voz, a família de
Tchaúque já reivindicou o corpo.
A explicação da Polícia, na tentativa de assumir o protagonismo, Agostinho Tchaúque terá sido abatido mortalmente numa troca de tiros com agentes da Polícia em patrulha normal na zona da Polana Cimento. “A Polícia sempre esteve ao encalço de Agostinho Tchaúque, portanto o seu abate resultou dessa perseguição”, disse Chefo.
A seguir, porta-voz da PRM exibiu a viatura abandonada na Matola, próximo de Shoprite, com sendo aquela que tinha o corpo de Agostinho Tchaúque. A viatura não apresenta nenhum furo de bala, mas o interior podia se ver duas chapas de matriculas com inscrição AAH
A Polícia, segundo seu porta-voz, disse que o corpo de Agostinho Tchaúque
tinha amuletos, constituído por umas linhas, na cintura e nos órgãos genitais, mas desta nada terão servido para a defesa dele. (Aurélio Muianga)
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 25.05.2010