O governador de Inhambane, Agostinho Abacar Trinta, está a entrar na onda do descrédito total pelo seu modelo de governação.
A Comissão provincial de Prevenção e Combate às Drogas denunciou ao governador que o director do Gabinete Provincial de Prevenção e Combate às Drogas (GPPCD) Calisto Alberto Tomo abocanhou todo o dinheiro da rubrica de ajudas de custo naquela instituição de
Como se isto não bastasse, Calisto Tomo, segundo a carta que Agostinho Trinta engavetou, tem relações de compadrio com a sua secretária que depois lhe promoveu para chefe de repartição de Administração e Finanças no GPPCD.
Esta queixa encontra-se engavetada pelo governador que disse não ser oportuno tratar daqueles assuntos numa altura agitada da preparação da visita do Presidente Armando Guebuza, que vai escalar Inhambane em finais de Junho.
Tomo é denunciado por colegas de estar ainda a confundir o cargo e profissão, vitalicidade e confiança.
“Somos no total 12 membros que congregam várias instituições que trabalham em coordenação com este gabinete segundo o espírito do diploma nº1/2001 de 10 de Janeiro. A nossa missão como membros do colectivo do gabinete é participar nas sessões ordinárias e extraordinárias do colectivo do gabinete, bem como planificar actividades do âmbito de educação pública dos cidadãos para que não enveredem pelos caminhos ilícitos conforme as políticas do sector, na produção e tráfico de drogas”, diz a começar a missiva dirigida a AgostinhoTrinta.
Por todo o trabalho que fazem, os funcionários afectos à CPPCD têm o direito de uma senha de presença correspondente a 300 meticais por sessão, senha de presença em actividade ou sessões do colectivo, fornecimento de dados e ou relatórios das actividades que realizam, sendo quatro vezes por semana.
“Mas vezes sem conta este valor que prefaz 1200 meticais/mês não tem chegado até as nossas mãos embora seja processado para os 18 membros, assim contando com os 6 funcionários efectivos do GPPCD dentre chefes dos departamentos, secretária e o próprio director que por sinal é o presidente deste órgão, embora ele poucas vezes participe nos trabalhos, limitando-se apenas a dizer que “eu sou político e não tenho tempo para velar pela instituição” e “estou sempre com o governador que me dá missões”.
O valor de cerca de 21.600 meticais/mês, que é requisitado à Direcção Provincial do Plano e Finanças, apenas serve para pagar a um grupinho destes membros a tempo regular. “Outros ficam à sorte dos deuses e nunca recebem, excepto um e outro deste colectivo que são temidos tendo em conta as direcções de que são oriundos, como é o caso dos da PRM, Finanças e Ministério Público; a título de exemplo, a maioria não recebeu os valores dos meses de Maio, Junho, Julho,
Agosto, Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2008 e de todo o ano de
DIÁRIO INDEPENDENTE – 31.05.2010