DIÁRIO DA FRELIMO
DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO E PROPAGANDA – SEDE NACIONAL
Edição Nº 880 de 15 de Junho de 2010 * Ano 5 *
CIDADE DE MAPUTO
FRELIMO EXALTA O HEROÍSMO DO MASSACRE DE MUEDA
Quadros e militantes da FRELIMO na Cidade de Maputo exaltaram recentemente o heroísmo do povo moçambicano, quando este tomou a atitude de exigir pacificamente a liberdade do seu solo pátrio, contestando desta forma a dominação do homem pelo homem perpetuado pelo regime fascista português que durou cinco séculos.
Importa lembrar que a resposta dada pelo regime fascista português perante a exigência justa daquele grupo de moçambicanos foi a tortura e detenção dos líderes do grupo, destacando-se Faustino Vanomba, Kibirite e outros.
Com esta postura do governo colonial português viria a obrigar a multidão dos
moçambicanos que se fazia presente em frente da sede da Administração da
Circunscrição de Mueda a agirem contra as ordens dadas pelo Administrador local, defendendo os seus líderes.
Por não ter conseguido conter os ânimos dos populares, o Administrador da Circunscrição ordenou a sua força armada a disparar contra os cidadãos indefesos. Foi assim que cerca de 600 moçambicanos, entre homens, mulheres e crianças foram barbaramente massacrados na tarde do dia 16 de Junho de 1960, semeando luto no Distrito de Mueda em particular e em Moçambique no geral.
Para se vingarem deste bárbaro acto do regime fascista português, os moçambicanos refugiados organizaram-se em Movimentos que mais tarde se fundiram criando a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) para
desencadear a luta armada contra a ocupação colonial em Moçambique.
O Presidente Eduardo Mondlane, eleito no I Congresso constitutivo da Frente notabilizou-se pelas suas qualidades de ser um líder político incontestável, académico e intelectual intransigente que incutiu nos moçambicanos o espírito da Unidade Nacional como sendo a única via de vencer o poderoso exército do
regime de opressão do nosso povo. Presidente Mondlane viria deixar de dirigir fisicamente a luta armada de libertação nacional a 3 de Fevereiro de 1969, quando uma bomba inimiga tirou-lhe a vida.
Contudo, o povo moçambicano inspirado nos ensinamentos de Mondlane, assumiu a Unidade Nacional como sua Arma Poderosa e vingou-se da sua morte nesta luta heróica que durou dez anos tendo levado o governo colonial português
a capitular e assinar o Acordo de Cessar Fogo aos 7 de Setembro de 1974 e iniciar o processo de preparação da transmissão do poder aos moçambicanos, processo esse que culminou com a proclamação da Independência Total e Completa a 25 de Junho de 1975, pelo saudoso Camarada Samora Machel.
Foi a pensar nesses feitos do povo moçambicano que a direcção da FRELIMO na
Cidade de Maputo promoveu uma palestra honrada pelo Veterano da Luta Armada de Libertação Nacional, Camarada Eduardo da Silva Nihia, Assessor do Presidente da FRELIMO e Presidente da República de Moçambique, Camarada Armando Emílio Guebuza, para falar sobre o heroísmo do povo moçambicano no bárbaro Massacre de Mueda, que este ano completa 50 anos.
NOTA:
Porque será que a “vala comum” nunca foi apresentada pela FRELIMO? Tanto “morto” feito desaparecer em tão pouco tempo só em “vala comum”. Mas a “vala comum” de M’telela e outros ainda há-de aparecer.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE