De acordo com a directora da escola, Anastâcia Quitane, os alunos consomem álcool durante os intervalos e no regresso à sala de aulas, já sob efeito, praticam actos de indisciplina, acabando por perturbar os colegas que vão para a escola com o único objectivo de estudar.
A nossa fonte indicou que esforços têm sido empreendidos em conjunto com o Conselho da Escola que envolve, para além dos membros da direcção, representantes de pais e encarregados de educação, bem como as estruturas administrativas locais, mas os resultados para salvar os 5.600 alunos ali matriculados ainda continuam longe de serem alcançados.
As medidas que são tomadas internamente não têm surtido efeitos desejados: Alguns alunos têm usado várias artimanhas para introduzir bebidas no recinto escolar. “Uma das medidas que tomamos foi o encerramento dos portões, depois da entrada dos alunos, mas no fim da cada aula abrimos-los porque há situação de alunos com algum tempo livre, o que é aproveitado por alguns para ficarem nas barracas vizinhas a ingerir álcool. Outros metem as bebidas nos bebedores como se de água se tratasse e ficam a consumir mesmo dentro da sala de aulas”, afirmou Anastácia Quitane.
Ela referiu, a título de exemplo, que na sexta-feira passada, cinco alunos da 8ª classe foram surpreendidos a fumar soruma, num caso comunicado aos respectivos pais.
No entanto, lamentou a falta de colaboração de determinados encarregados de educação, lembrando um episódio em que uma mãe decidiu transferir os seus dois filhos daquela escola, depois de ter sido solicitada para comunicar sobre o comportamento de um dos educandos.
Quitane voltou a pedir ajuda às autoridades administrativas e policiais no sentido de tomarem uma atitude mais contundente contra a droga e a venda de bebidas alcoólicas nas proximidades da escola.