Exmo Sr. Gil:
A sua publicação alem de educar, informa. Estou certo, se o senhor e todos leitores que o senhor tem a nível mundial empenharem-se seriamente sobre os caso das mortes do José Francisco Mascarenhas e do economista António Siba Siba, o governo Moçambicano será obrigado a mexer-se.
Não se pode permitir que um honesto economista seja morto e que ninguém saiba nada. Haverá gente que saberá! Não se pode permitir que numa democracia um parlamentar seja assassinado e não se saiba nada. Se o governo moçambicano é incapaz então que peça ajuda à comunidade internacional. Moçambique tem tido imensas mortes estranhas e ninguém é julgado. Recorde-se que no caso Carlos Cardoso a pressão e a opinião publica foram vitais.
Este hábito de moçambicanos valiosos serem assassinados e os autores continuarem livres tem que ter um fim. A morte do António Siba Siba foi uma morte motivada por ele estar a investigar em dinheiros sujos. A morte de José Francisco Mascarenhas foi uma morte politica. Os moçambicanos têm direito de saberem porque as pessoas continuam a ser assassinadas e ninguém vai preso....
Existe o caso do director das alfandegas. Também ele morto e os autores não foram apanhados. Se o governo é incapaz, a imprensa tem obrigação profissional e moral de procurar saber, porque a imprensa tem contactos, meios que nós não temos. A imprensa não deve ter medo de procurar saber a verdade. Numa democracia o medo de procurar a verdade não deve existir.
Grande Abraço
Licos Ivar
NOTA:
São estes alguns dos casos que devem pesar na consciência de todos os moçambicanos. Pois “numa democracia o medo de procurar a verdade não deve existir”.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE