Segundo uma fonte da UA, “a decisão final (da cimeira) é que o ‘statu quo’ permanece, o que significa que África não vai cooperar com o TPI sobre esta questão, apesar de os líderes africanos terem concordado que esta decisão não foi tomada para encorajar a impunidade no continente”.
De acordo com a PANA, os líderes africanos advertiram, por isso, que as pessoas que futuramente se implicarem em graves violações dos direitos humanos, nomeadamente crimes de guerra e genocídios, deverão ser forçadas a comparecer perante um tribunal.
A fonte declarou que as discussões sobre a eventualidade de uma detenção do líder sudanês em África dividiram os dirigentes africanos, que aconselharam ao Tribunal Penal de Justiça, sedeado em Arusha (Tanzania), para explorar a sua capacidade de intentar um processo por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em África.
“Eles exploraram o processo para o início de um eventual julgamento de Al-Bashir em África, mas uma vez mais não temos mecanismo para isto”, disse uma fonte sob anonimato.
Os líderes africanos discutiram igualmente sobre o pedido de abertura de um escritório do TPI em Addis-Abeba, na Etiópia, para ajudar na coordenação do seu trabalho com o da União Africana. No entanto, a decisão sobre esta questão foi adiada para uma data ulterior.