Na província de Nampula já se explorou anualmente quarenta e dois mil metros cúbicos de madeira. Contudo, tal cifra vai baixar e este ano espera-se que sejam explorados apenas oito mil metros cúbicos de madeira de primeira e segunda classes e de espécies especiais, nomeadamente pau-rosa, tuli, jambir, umbila, chanfuta, metonha, metil muaca, pau-ferro, namuno e mucarala.
De acordo com o chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia (SPFFB), na Direcção Provincial de Agricultura de Nampula, Imede Falume, o desafio é reduzir o número de operadores florestais através de licenciamento simples. Nessa óptica, está-se a incentivar a criação e/ou constituição de concessões, com vista a melhorar a actividade do sector, sobretudo, na área de reflorestamento, responsabilidade social, entres outros.
Imede Falume avançou existirem, actualmente, nove concessões florestais, das quais oito pertencem a cidadãos e/ou empresas de origem estrangeira, e uma a um nacional. As referidas concessões localizadas nos distritos de Moma, Angoche, Erati, Ribáuè e Lalaua têm um plano de maneio já aprovado. Em breve poderão ser constituídas outras concessões nos distritos de Muecate e Mussuril.
Falume disse que o último inventário florestal aponta que Nampula tem uma capacidade anual de exploração de madeira de diferentes espécies e classes fixadas em quarenta e dois mil metros cúbicos, mas este ano vai baixar para um volume de oito mil metros cúbicos nas classes e espécies acima indicadas. Segundo o interlocutor, o objectivo é “procurar maximizar a preservação do ambiente”.
Falume disse também que as espécies de madeira pau-preto e sândalo já estão restritas à exploração. Enquanto isso, ainda este ano os SPFFB receberam 105 propostas de projectos para exploração de madeira naquela província e apenas 57 foram autorizados. Destes, 39 já estão licenciados.
No capítulo dos exploradores ilegais, Imede Falume disse que de Janeiro a esta parte foram apreendidas noventa e quatro indivíduos numa operação que contou com grande contributo de brigadas móveis. Cobrou-se cinco milhões e duzentos mil meticais de multas para uma quantidade de setecentos metros cúbicos de madeira. A maior parte das apreensões foi feita no rio Ligonha, limite entre as províncias de Nampula e da Zambézia, Muecate, Namialo, Nacala-Porto e Monapo. (Aunício da Silva)
CANALMOZ – 22.07.2010