O dia de ontem começou com alguns agentes da Polícia Municipal posicionados em vários pontos da praça para impedir a desordem e permitir que o pessoal da limpeza realizasse o seu trabalho. Entretanto, os vendedores mostravam sinais de não querer abandonar os passeios, pelo que cerca das 9.00 horas a corporação reforçou-se em efectivos e em meios, incluindo viaturas e cães para forçar os vendedores a libertar os passeios.
Rapidamente a confusão instalou-se no “Xikhelene”. Os vendedores corriam de um lado para o outro e à medida que se esbarravam com a viatura ou cães da Polícia mudavam de direcção, num verdadeiro desafio aos agentes mobilizados para a área.
O momento mais dramático aconteceu cerca das 10.00 horas, quando a Polícia perdeu paciência perante a teimosia dos vendedores, tendo começado a disparar para o ar, transformando a Praça dos Combatentes em qualquer coisa que fazia lembrar um “campo de batalha”, o que forçou os vendedores a fugirem em debandada.
Dezenas de munícipes que aguardavam pelos cada vez mais escassos “chapa” na terminal do Xikhelene entraram em pânico, tendo alguns chegado a rastejar no asfalto ou no pavimento, com medo de serem alvejados por possíveis balas perdidas.
Contudo, ao que a nossa Reportagem apurou, não houve mortos e nem feridos.
A retirada compulsiva dos vendedores dos locais impróprios começou na quarta-feira, após meses de sensibilização, num acto que visa fundamentalmente evitar a degradação das infra-estruturas do “Xikhelene”, recentemente reabilitadas.
Celina Cossa, vereadora do Distrito Municipal KaMaxakeni, responsável pela gestão daquela praça, disse quinta-feira à nossa Reportagem que a medida tem também como objectivo disciplinar os vendedores informais de forma a fazer o seu trabalho em locais apropriados.
De acordo com a vereadora Cossa, a ideia não é proibir a sua actividade, mas organizar o processo de modo a que todos colham benefícios, trabalhando unicamente em pontos recomendados.
Só no Distrito Municipal KaMaxakeni existem cerca de 4500 bancas livres em vários mercados, com destaque para o Mukorweani, 1 de Junho, Laulane 1 e 2, Expresso, Carimbo, Mavalane e Missavene, de acordo com a vereadora.