O Conselho de Ministros de Moçambique aprovou hoje em Maputo o projecto de construção da Hidroeléctrica de Mpanda Nkua, que se vai tornar na segunda maior do país, orçada em 1,5 mil milhões de euros.
Segundo informações prestadas aos jornalistas pelo ministro da Energia, Salvador Namburete, no final da sessão semanal do conselho de ministros, a hidroeléctrica será construída na província de Tete, centro de Moçambique, e iniciará a produção de energia dentro de cinco ou seis anos, a contar a partir de finais de 2011.
“Este tipo de empreendimentos leva entre cinco a seis anos a construir, é por isso difícil ser preciso em relação aos prazos, mas contamos ter a primeira fase, que é de estudos, concluída até finais de 2011”, afirmou Salvador Namburete.
Numa primeira fase, a Hidroeléctrica de Mpanda Nkua vai produzir 1700 megawats, podendo numa fase posterior gerar 2400 megawats, adiantou o ministro moçambicano da Energia.
“É um empreendimento que terá enormes benefícios para a população de Tete, para a industrialização e economia do país. Há grandes projectos que não podem ser implementados no país devido à falta de energia, mas com mais uma hidroeléctrica teremos uma maior capacidade”, salientou.
Outro ganho que será conseguido com Mpanda Nkua em funcionamento será o preço de energia eléctrica no país, pois prevê-se a redução do seu custo, considerado um dos mais caros da África Austral, assinalou Salvador Namburete.
Ainda de acordo com o ministro moçambicano da Energia, o projecto de Mpanda Nkua foi adjudicado ao consórcio formado pela Camargo Correia, com 40 por cento no empreendimento, um grupo de investidores moçambicanos agregados na Geocapital, 40 por cento, e pela eléctrica pública moçambicana EDM, 20 por cento.
Moçambique já acolhe uma das maiores hidroeléctricas do mundo, Cahora Bassa, na província de Tete, centro de Moçambique, em que Portugal detém 15 por cento contra 85 do Estado.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS – 17.08.2010