O projeto de criação de um canal internacional de televisão de língua portuguesa tem aprovação dos jornalistas.
Jornalistas dos países da comunidade de língua portuguesa solicitaram, em São Paulo, Brasil, maior circulação no espaço lusófono e fim das barreiras administrativas nos consulados gerais dos estados membros.
A reivindicação foi feita à margem da 21 Bienal do Livro de São Paulo, que reuniu homens da cultura e das letras dos oito Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
As delegações de associações de jornalistas de Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde e Macau passaram em revista as actividades da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) constituída a 7 de Dezembro de 2009, em Lisboa, Portugal, e cuja presidência está a cargo da Associação dos Jornalistas Económicos de Angola (AJECO).
No encontro, que também abordou o quadro legal da comunicação social nos oito, foi, igualmente, analisado o programa do primeiro aniversário e a realização da Assembleia Geral Ordinária da FJLP, que terá lugar em Angola, em Dezembro, e a problemática do (o regulamento) Prémio de jornalismo de Língua Portuguesa, uma iniciativa da Ajeco.
Os participantes saudaram, igualmente, a pretensão de se criar o canal internacional de televisão de língua portuguesa, mas auguram que a ideia não seja mais um dos muitos projectos engavetados. “Se se concretizar, será, de facto, um espaço para maior conhecimento das realidades socioeconómicas dos referidos países e povos”, defenderam.
A questão da formação dos jornalistas, a criação do site da Federação, o Logótipo e a problemática da quotização foram questões que não foram minimizadas pelos participantes.
Depois de São Paulo, os representantes da classe se deslocaram para Porto Alegre onde mantiveram contactos de intercâmbio com seus homólogos da América Latina e analisaram, também, a estrutura funcional da Federação Internacional dos Jornalistas. A FJLP é um espaço de diálogo, interacção, intercâmbio e cooperação entre associações e sindicatos dos países lusófonos pelo que a FIJ deve encará-la como parceiro e assistiram mais um Congresso dos Jornalistas do Brasil.
A legalização da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa é um dos maiores desafios da actual presidência para se poder solicitar a admissão a membro observador da Comunidade dos Países de Língua portuguesa.
A delegação da AJECO, integrada pelo seu presidente, Messias Constantino, e do director para projectos, Mário Paiva, viajou, posteriormente o Estado do Rio de Janeiro a convite da directora de comunicação da prefeitura daquela cidade.
As informações são da Angop.
AFRICA21 – 26.08.2010