DIRECTOR!
Agradeço antecipadamente mais uma vez a V. Exª por se dignar publicar esta carta na página reservada aos leitores do Jornal de maior circulação, onde é digno dirigente. A terra é propriedade do Estado, o que significa que a terra não se pode vender, mas não é o que acontece na verdade.Ultimamente as pessoas que possuem maior porção de espaços que não estão habitados fazem reserva, vedando os quintais e colocam um sinal qualquer (QUINTA X). Existem outras pessoas que usam a terra sob a forma de machambas, na medida em que há expansão dos bairros as pessoas aproveitam-se desta situação vendendo a terra por valores exorbitantes.
Ora vejamos quando os tais bairros tiverem água canalizada (furos de água) e energia eléctrica perto não imaginam os valores que cobram, por exemplo, na zona de Abel Jafar, os quais partem de 45,000MT. No CMC, Zimpeto, Cumbeza e outros bairros, que praticamente estão habitados, os valores rondam entre 150,000MT e 250,000MT somente para adquirir a terra.
De referir que a maior parte dos cidadãos perde o direito de uso e aproveitamento da terra por faltar dinheiro, outros pedem um empréstimo bancário e o valor só chega para adquirir a terra não sobrando nada para iniciar com a construção. Sabemos muito bem que o tempo mínimo que o Estado concede para ocupar a terra é de dois anos, enquanto nesse período o cidadão ainda está a amortizar a dívida e o que acontece é que este perde os seus direitos por falta de dinheiro.
- Victor Cláudio Mabjaia