Da biografia feita em “Nacionalistas de Moçambique” de Sebastião Mabote, transcrevo os parágrafos abaixo, onde Samora Machel é destaque, fazendo pensar no que, na realidade se estaria a passar no seio da FRELIMO, nos dias que antecederam a sua morte. E também na morte anos mais tarde, por afogamento no Bilene, de Sebastião Mabote.
Transcrição:
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Coronel-General das Forças Armadas de Moçambique, Sebastião Mabote será, no novo país, membro do Bureau Político da FRELIMO, Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas e vice--ministro da Defesa.
Mabote e outros comandantes tinham conduzido admiravelmente a guerra de guerrilhas, obtendo assinaláveis êxitos. Mas, agora, os dirigentes da FRELIMO, parafraseando a escritora Doris Lessing nas suas memórias do Zimbabwé, «tinham de governar um país moderno, num mundo moderno. E isso era outra coisa».
Não bastava trazer algumas ideias de justiça para opor à injustiça do colonialismo. E também não bastava generalizar ao país, como política alternativa à colonial, «a experiência fecunda da organização da vida nas zonas libertadas», isto é, aplicar as condições de uma estrutura guerrilheira e de uma economia primitiva à organização, construção e consolidação de um país moderno.
Os teóricos da revolução davam indicações no sentido de cuidar «como das meninas dos olhos de cada especialista que trabalhe conscientemente, com conhecimento do seu trabalho e amor por ele».
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